Vingadores: A Cruzada das Crianças deve ser a próxima leitura de todo marvete

Vingadores: A Cruzada das Crianças deve ser a próxima leitura de todo marvete

Enquanto WandaVision se encaminha para o fim, com a introdução dos gêmeos William e Thomas, e o longa Ant-Man and the Wasp: Quantumania irá introduzir o vilão Kang, o Conquistador, o arco Vingadores: A Cruzada das Crianças se torna leitura essencial para os fãs neste momento da Fase 4 do Universo Cinematográfico Marvel. Afinal, a obra usa as ações de Wanda Maximoff para guiar aos holofotes uma nova geração de heróis.

Com roteiro de Allan Heinberg e ilustrações de Jim Cheung, a saga é composta por nove capítulos, nos quais William ‘Billy’ Kaplan (Wiccano) e Thomas ‘Tommy’ Shepherd (Célere) procuram desvendar o paradeiro da mãe, a Feiticeira Escarlate (Wanda Maximoff). A história se passa após os eventos vistos em Vingadores: A Queda e Dinastia M, ou seja, tem Maximoff responsável pela morte de três vingadores e pela extinção da raça mutante.

Como se não bastasse a função de elo para o universo Marvel nos gibis, a trama é importante por explorar o relacionamento homoafetivo de Wiccano e Teddy Altman/Hulkling. Aliás, por essa questão, a história em quadrinhos (em publicação da Salvat) chegou a ser censurada na Bienal Internacional do Livro Rio de 2019, pelo então prefeito Marcelo Crivella. É claro, o veto homofóbico só alavancou as vendas do gibi, hoje achado por R$ 180 na Amazon.

Jovens Vingadores em ação

Os Jovens Vingadores pregam aceitação e soluções pacíficas, diferente dos heróis adultos.

Além da válida militância pelo respeito à diversidade, a HQ, que adiciona ao time Eli Bradley/Patriota, Kate Bishop/Gaviã Arqueira, Cassandra Lang/Estatura (filha de Scott Lang, o Homem-Formiga), Visão e o Rapaz de Ferro (Nathaniel Richards), oferece uma das aventuras que mais habilmente utiliza o repertório de personagens da Marvel Comics. Para resgatar Wanda, os garotos decidem peitar os Vingadores e rumar à Latvéria salvá-la do Doutor Destino.

Em sua jornada, os Jovens Vingadores se aliam a Magneto e Pietro Maximoff/Mercúrio, respectivamente, pai e irmão da Feiticeira Escarlate, em uma tentativa de encontrar a heroína e retirá-la das garras do homem mais perigoso do planeta sem o radicalismo pretendido pelos Super-heróis Mais Poderosos da Terra e os X-Men. Mesmo assim, entre eles há conflito sobre como agir, especialmente no que se refere à disputa de liderança entre Patriota e Gaviã Arqueira.

Feiticeira Escarlate como nexo

Na HQ, Wanda Maximoff recobra sua consciência e poderes, buscando superar um passado trágico.

Quando a Feiticeira Escarlate resolve tentar desfaz todas as suas ações, o enredo tem suas proporções enormemente amplificadas, uma vez que é explicado que a fonte de poder da bruxa para alterar a realidade vem da força vital, uma entidade incontrolável que a possuiu. Neste ponto, a heroína é descrita como “um ser do nexo”, que na prática a torna a ligação entre diferentes dimensões e poderes. A partir daí, Wanda enxerga a magnitude dano que causou e, para expiar seus pecados, tenta mediar uma guerra entre os heróis e antagonistas.

Uma subtrama interessante é a do Rapaz de Ferro, que almeja o amor de Estatura em disputa com o novo Visão, mas que, entre idas e vindas do século 30 (seu período original), lida com o fato de que irá se tornar Kang, o Conquistador. Ao longo da história, se acentua a caminhada de Nathaniel para seu destino como vilão, apesar de sua relutância em aceitar o futuro.

Com todas estas peças em jogo, Vingadores: A Cruzada das Crianças dá todas as pistas de que terá grande influência sobre os próximos passos do MCU. E, por isso, deve ser a sua próxima leitura – e merecedora de republicações aqui no Brasil.

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