The Mandolarian: faroeste de Star Wars vai muito além dos memes

A aquisição da Lucasfilm pela The Walt Disney Company deu a certeza de que a franquia idealizada por George Lucas seria explorada mais assiduamente. Assim, tivemos o lançamento de Star Wars: O Despertar da Força, Os Últimos Jedi e A Ascensão Skywalker, trilogia recente que dividiu opiniões. Com o anúncio do serviço de streaming Disney+, o seriado The Mandalorian chegou como carro-chefe da plataforma sob muita expectativa e dúvida, mas logo se mostrou um dos maiores acertos na expansão do universo de Guerra nas Estrelas.

Criada por John Favreau (Homem de Ferro e Mogli: O Menino Lobo), a atração estreou no dia 12 de novembro de 2019, com sua primeira temporada composta por somente 8 episódios de aproximadamente 30min de duração, que foram exibidos semanalmente até 27 de dezembro. A trama se passa cinco anos após a queda do Império Galáctico, evento visto em Star Wars: Episódio VI – O Retorno do Jedi, de 1983, e 25 anos antes da ascensão da Primeira Ordem. Assim conhecemos Mando (Pedro Pascal, de Narcos), um caçador de recompensas solitário.

Enquanto explora a identidade de Mando, a série o coloca em batalhas épica até mesmo contra um AT-ST.

Esse protagonista brucutu taciturno de moral questionável é inspirado em personagens de faroeste, e tem sua jornada alterada quando aceita o trabalho de obter uma misteriosa criança e entregá-la a um cliente ligado ao que restou do Império para propósitos para lá de escusos. Porém, ao perceber o perigo que o bebê (“The Child”, o Baby Yoda) correria, Mando rompe o contrato com a Guilda dos Caçadores de Recompensa e passa a ser perseguido pela galáxia. Construída em atos certeiros, a temporada explora a luta de Mando para salvar o pequeno.

O enredo leva o anti-herói a planetas como Arvala-7, onde conhece o pacífico Kuiil (Nick Nolte, de Guerreiro) e precisa negociar com o clã dos Jawas – figurinhas encapuzadas introduzidas na trilogia original – e o droide assassino IG-11 (Taika Waititi, de Jojo Rabbit) –, e Sorgan, no qual encontra Cara Dune (Gina Carano, de Deadpool), que serviu à tropa de choque da Aliança pela Restauração da República. Mesmo com habilidades no manuseio de armas, combate corporal e estratégia, Mando viaja recrutando aliados/amigos e contrariando seu instinto ermitão.

Baby Yoda é a maior surpresa da produção e atual fonte de inspiração para memes.

Na caçada pelo inusitado grupo, estão os vilões, que são numerosos. Com interesse dúbio, Greef Karga (Carl Weathers, de Rocky: Um Lutador) é o chefe da Guilda de bounty hunters, que se divide entre a lealdade a sua clientela assim como sua amizade por Mando. No meio do caminho, ainda surge a trupe de mercenários Xi’an (Natalia Tena, de Harry Potter e a Ordem da Fênix), Burg (Clancy Brown, de Bob Esponja Calça Quadrada), Mayfeld (Bill Burr, de Breaking Bad), o droide Q9-0 (Richard Ayoade, de Neo Tokio) e Qin (Ismael Cruz Cordova, de Ray Donovan).

Mas o principal antagonista é guardado para o final, como uma bela surpresa. Antigo membro do Bureau de Segurança Imperial, Moff Gideon (Giancarlo Esposito, de Better Call Saul) é o principal inimigo de Mando e chega como portador do Sabre Sombrio – uma arma antiga, criada pelo primeiro Mandaloriano e introduzida na série animada Star Wars: The Clone Wars. E o duelo entre os dois deve ser duradouro, pois, o próximo round confirmado para a segunda temporada – prevista para outubro deste ano.

Moff Gideon chega com poderio sem igual e planos para o Baby Yoda.

Uma experiência de imersão na mitologia de Star Wars na ótica do Código do Caçador de Recompensas, a série entrega cenas de ação e personagens complexos numa trama coroada pela fofura do Baby Yoda.

Não há dúvida de que esse é o caminho!

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