O Boletim Nerd cobriu a pré-estreia de Star Wars: Os Últimos Jedi a convite da Piticas.
Quem são os pais de Rey? Qual será o papel de Finn na guerra dos Rebeldes contra a Primeira Ordem? Quem é Snoke? Qual é a do Kylo Ren? Por que Luke sumiu? Essas foram questões que surgiram com Star Wars: O Despertar da Força (confira a crítica), lançado em 2015. Depois de 2 anos de espera, Star Wars: Os Últimos Jedi (Star Wars: The Last Jedi, EUA, 2017) estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (14/12) com o objetivo de responder a essas perguntas. Será mesmo? Leia agora a análise completa do novo Guerra das Estrelas!
Sequência imediata de The Force Awakens, o 8º episódio da saga Guerra nas Estrelas traz a Aliança Rebelde em crise, tentando sobreviver aos implacáveis ataques da Primeira Ordem – comandada pelo sith chamado Líder Supremo Snoke (Andy Serkis, de Planeta dos Macacos: A Guerra) e seu pupilo, Kylo Ren (Adam Driver, de Girls), e pelo General Hux (Domhnall Gleeson, de O Regresso). Do outro da batalha, Leia Organa (Carrie Fisher, que faleceu em 2016) gasta suas últimas fichas na tentativa de manter a Resistência viva.
Com direção e roteiro de Rian Johnson (Looper: Assassinos do Futuro), o novo longa da Lucasfilm mantém suas atenções nas jornadas separadas de Rey (Daisy Ridley, de Assassinato do Expresso do Oriente) – que viaja ao encontro do mestre Jedi Luke Skywalker (Mark Hamill, dublador do Coringa em Batman: A Piada Mortal) – e Finn (John Boyega, de O Círculo) – envolvido na busca pelo decodificador que livrará os rebeldes do radar da Primeira Ordem. Além disso, a obra foca na psique de Kylo Ren, um personagem dividido entre o bem e o mal.
Principal chamariz de Star Wars: Episódio VIII – Os Últimos Jedi, Luke Skywalker ressurge bastante diferente do herói apresentado ao mundo em Uma Nova Esperança, O Império Contra-Ataca e O Retorno do Jedi, com uma versão mais amarga e sombria de um dos maiores ícones da cultura nerd. Diferente do que se previa, a leitura envelhecida do filho de Darth Vader pode impactar de maneira negativa, uma vez que o público o encontrará como uma pessoa amarga, envergonhada e pouco colaborativa com Rey, sua mais nova padawan.
Em 2h32min de duração, o bockbuster mais esperado do ano acerta nos momentos de ação (com lutas de sabres de luz) e na belíssima cena de colisão entre espaçonaves em velocidade de dobra, além de uma linda fotografia na exótica paisagem de neve. Contudo, a experiência de Star Wars: The Last Jedi pode se tornar um tanto decepcionante quando a produção assinada por Rian Johnson começa a dar soluções para as principais questões da trama, especialmente sobre a origem de Rey, a situação de Kylo Ren e o papel desenvolvido por Snoke.
Além de desfechos frustrantes em períodos de ápice, a obra se atrapalha em sequências desconcertantes que pouco se encaixam ao universo criado por George Lucas, acontecimentos contraditórios (no mínimo) e excesso de humor com o “padrão Disney”. Porém, se você procura pelos pontos positivos da aventura, atenção para presença audaciosa do piloto Poe Dameron (Oscar Isaac, de X-Men: Apocalipse), estreia de Benicio del Toro (Sicario: Terra de Ninguém) como DJ e participação daquele mestre Jedi que “esquecido há muito estava”.
Aquém das expectativas, Star Wars: Os Últimos Jedi embaralha o jogo de poder entre Rebeldes e a Primeira Ordem, numa tentativa de introduzir conceitos de bom e mau e certo e errado em áreas acinzentadas – algo que Rogue One: Uma História Star Wars já havia feito. Com pressa de responder a muita coisa, inova com uma narrativa ágil e dinâmica, mas deixa pouco legado para o final da trilogia.