Terror e consequências marcam novo Doutor Estranho

Terror e consequências marcam novo Doutor Estranho

Enquanto Loki e Homem-Aranha: Sem Volta para Casa deram um gostinho do que seriam realidades paralelas no MCU, What If…? abriu as portas para dimensões estarrecedoras, mas repletas de diferentes versões de heróis populares. Estreando nos cinemas na quinta-feira (5), Doutor Estranho no Multiverso da Loucura (Doctor Strange in the Multiverse of Madness, EUA, 2022) abraça esse conceito numa viagem para longe de tudo que a Marvel já fez.

Saudosista (abaixo você descobre o porquê), o longa traz Sam Raimi, o diretor da trilogia do Homem-Aranha com Tobey Maguire, para orquestrar a saga de Stephen Strange (Benedict Cumberbatch) através de um acervo mitológico extremamente rico e querido. Dessa forma, o comando do experiente cineasta proporciona à produção uma atmosfera mais sinistra, bem como uma narrativa capaz de explorar o lado humano do personagem protagonista.

Com 2h06, a obra tem sua trama centrada na chegada de America Chavez (Xochitl Gomez, de O Clube das Babás) à dimensão principal da Marvel StudiosTerra 616, em que se passam todos os filmes. A jovem com o poder de cruzar o Multiverso abrindo portais estrelados é alvo da Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen) que, após se apossar do Darkhold em Wandavision, decide roubar a habilidade da menina para viver com os filhos que sonhou ter.

Lidando com a dor

O fato é que poucos títulos até aqui lidaram com as consequências de Vingadores: Guerra Infinita e Ultimato. Em Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, Wanda Maximoff encara o luto pela perda do Visão e das crianças que conjurou em Westview. E ela decide punir não só a sua dimensão de origem, como qualquer outra para preencher o vazio que ficou em sua vida. Um caminho sombrio, mas pavimentado pela dor excruciante que a personagem manifesta.

Já Strange, cujo ego sempre foi gigantesco, percebe que não é único no Multiverso, como também que a vida na Terra seguiu desde sua partida para se tornar um super-herói e ainda mais durante o período do Blip. O ápice do questionamento do Mestre das Artes Místicas é se deparar com uma magia que não conseguiu dominar: o amor. Christine Palmer (Rachel McAdams) está casando com outro pretendente e, para azar de Strange, não há feitiço que cure a dor de um amor perdido.

Ao infinito e além

Para completar, Doutor Estranho é apresentado ao grupo conhecido como Os Illuminati que, como nos quadrinhos, é composto por lideranças de diversas equipes de heróis. Para evitar spoilers, é melhor dizer que estão lá rostos bastante familiares ao público e um novato que aponta para o futuro da Marvel nos cinemas. Claro, o seleto time abre possibilidades para revermos personagens dos X-Men e Quarteto Fantástico em um futuro não tão distante.

Por falar em distância, é curioso e empolgante observar o quanto Doutor Estranho no Multiverso da Loucura ousa em apostar em um clima de terror que te faz saltar da poltrona e tons psicodélicos fiéis os gibis do personagem principal.

Serviço: são 2 cenas pós-créditos! E vale a pena pesquisar quem é Clea antes da sessão!

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