1ª temporada: Loki escancara portas para multiverso

Cheia de carisma, Loki escancara portas para multiverso

Dizem que não se pode enganar o tempo. Então, seria este um desafio à altura da divindade máxima da enganação? Encurralado pela derrota e morte em duas linhas cronológicas, Loki estreou no Disney+ com a missão de virar as probabilidades a seu favor, deparando-se com a maior de todas as forças. Em sua própria série, o personagem vivido por Tom Hiddleston embarca numa aventura para investigar quem manipula passado, presente e futuro.

Conforme nossas primeiras impressões, o Deus da Trapaça fica impressionado quando descobre a AVT (Autoridade de Variância do Tempo), supostamente fundada pelos Guardiões do Tempo para controlar a chamada “Linha do Tempo Sagrada”. Capturado por conta de sua grande fuga vista em Vingadores: Ultimato, o protagonista acaba recrutado pelo investigador Mobius (Owen Wilson, de Marley & Eu) para caçar uma variante (versão alternativa) sua.

Composto por apenas 6 episódios, de quase 45min, o seriado dirigido por Kate Herron (Sex Education) e roteirizado por Michael Waldron (Rick e Morty) logo insere elementos que fazem Loki e a surpreendente Sylvie (Sophia Di Martino, de Yesterday) – a tal variante procurada – a duvidarem da ordem estabelecida pela AVT. Afinal, quem melhor do que o Deus da Trapaça para reconhecer um golpe? E, nesse caso, são nada menos do que dois Lokis (ou mais)!

Questão de tempo

Versão feminina de Loki vinda de outra linha do tempo, Sylvie foi apreendida pela AVT quando ainda era criança, e isso a fez aprender a fugir de seus agentes enquanto planejava destruir aqueles que lhe negaram tempo de uma vida em paz. Para surpresa dos telespectadores, que ainda processavam a oficialização de Loki como indivíduo de gênero-fluido, a química entre a dupla é tanta que é fácil shipá-la como casal. E o roteiro também segue por esse caminho.

Porém, ciente da expectativa sobre tudo o que acontece, o título constantemente parece querer gastar o tempo, com alguns capítulos que pouco agregam ao quadro geral ou que deixam seu evento mais relevante para a última cena. Obviamente, isso nos fez teorizar por todas as semanas desde o lançamento. Dessa forma, apesar de uma experiência é satisfatória, fica a impressão de que personagens secundários mereciam ainda mais minutos em tela.

Propósito glorioso

Embora confronte Loki com sua triste sina de pária, o programa também aponta que sua existência pode ser realmente digna, especialmente quando entram em cena as variantes Classic (Richard E. Grant, de Poderia Me Perdoar?), Boastful (Deobia Oparei, de Game of Thrones) e Kid (Jack Veal, de Teia de Corrupção) de Loki. Cada um deles revela feitos assombrosos, considerados “eventos nexus” (momentos que criam ramificação na cronologia) pela AVT.

Ao abrir as portas para o multiverso – foco da Fase 4 do MCU –, algo insinuado por WandaVision e aguardado para Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa e Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, a série assume toda sua importância ao trazer à tona o colossal Alioth e a Cidadela no Fim dos Tempos, que pavimentam a chegada de Kang, o Conquistador como novo vilão da Marvel Studios. Aliás, Jonathan Majors foi mais do que confirmado para o papel.

Por tudo isso e pelo que ainda tem de potencial a oferecer, o seriado de Loki está renovado para a segunda temporada!

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