Valeu a espera. Finalmente, chegamos a Vingadores: Ultimato (Avengers: Endgame, 2019, EUA)! Enquanto Vingadores: Guerra Infinita foi a vez de Thanos (Josh Brolin, de Deadpool 2) atacar metade da vida no universo, o vigésimo segundo filme da Marvel Studios traz os Super-heróis Mais Poderosos da Terra num contragolpe ao Titã Louco. Dirigido pelos Irmãos Russo assim como o anterior, o título chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (25/04) para concluir a “Saga do Infinito”, apresentando uma épica e emocionante aventura com 3 horas de duração.
A produção tem início 23 dias após o vilão usar a Manopla do Infinito, quando Tony Stark (Robert Downey Jr., de O Juiz) e Nebulosa (Karen Gillan, de Jumanji: Bem-Vindo à Selva) se veem à beira da morte à deriva no espaço. Enquanto isso, na Terra, os Vingadores remanescentes tentam lidar com suas perdas até recuperarem a esperança de vitória com o surgimento da Capitã Marvel (Brie Larson, de Loja de Unicórnios), embora nada possam fazer pelas pessoas que tiveram sua existência apagada pelo genocida cósmico.
Passados cinco anos, o retorno do Homem-Formiga (Paul Rudd, de Amizades Improváveis) do Reino Quântico sinaliza a possibilidade de algo até então impensável: viagem no tempo (ou “assalto no tempo”, para o antigo ladrão Scott Lang). Entretanto, para que funcione, a equipe precisa se reunir novamente apesar de cada um ter seguido caminhos distintos, para recuperar as Joias do Infinito em vários momentos do Universo Cinematográfico Marvel. A partir daí, (re)começa uma corrida pelas pedras da Mente, Espaço, Tempo, Poder, Realidade e Alma.
Em clima de episódio final, o longa aposta em momentos bastante nostálgicos, como o reencontro de Capitão América (Chris Evans, de Quarteto Fantástico) com Stark e a reaparição de figuras secundárias de cada franquia, mas também promove novidades, como Ronin, nova identidade de Clint Barton (Jeremy Renner, de A Chegada) – ex-Gavião Arqueiro – e um inteligentíssimo Hulk (Mark Ruffalo, de Spotlight – Segredos Revelados). Além de matar saudades, há momentos para sorrir com a estranha nova versão de Thor (Chris Hemsworth, de A Trilha).
Adicionando alguns elementos das populares histórias em quadrinhos Vingadores Eternamente, Vingadores: A Queda e Guerras Secretas, o blockbuster não só navega através da linha do tempo, como também entrega batalha gigantesca, perdendo seu ritmo em pouquíssimas ocasiões. Porém, se o filme cumpre a promessa de nos emocionar por devolver muitos dos personagens mais queridos, Vingadores: Ultimato não poupa o público da despedida de alguns dos heróis que nos acostumamos a acompanhar por mais de uma década.
Vingadores: Ultimato pode deixar mais pontas soltas do que o queríamos (intencionalmente, para projetos futuros), talvez dê soluções simples situações de que muito se esperava e provavelmente esteja longe do humor característico da Marvel, mas é impossível não se sentir impactado. Quando o filme estrear, você pode até não se sentir satisfeito com tudo aquilo que viu, mas, com certeza, se sentirá vingado.
Sem cenas pós-créditos, Vingadores: Ultimato tem o que deve ser a última aparição de Stan Lee.