Invincible: 1ª temporada é adaptação brutal de HQs de Robert Kirkman

Invincible: 1ª temporada é adaptação brutal de HQs de Robert Kirkman

Com The Boys, o Amazon Prime Video vem chocando e conquistando o público ao esculachar o universo dos super-heróis imaginando como eles agiriam num mundo como o nosso, sempre em situações recheadas violência e críticas sociopolíticas. A boa notícia é que, enquanto os novos capítulos da série em live-action não chegam, essa mistura de brutalidade com clichês dos gibis segue em Invincible, animação que teve sua 1ª temporada encerrada em 30/3.

Baseada nos quadrinhos de Robert Kirkman (criador de The Walking Dead), a produção contou com 8 episódios de 45min de duração, nos quais acompanhamos as aventuras de Mark Grayson (Steven Yeun, de Minari – Em Busca da Felicidade), filho do então maior herói da Terra, o Omni-Man (J.K. Simmons, de Liga da Justiça de Zack Snyder), alter ego de Nolan Grayson. Mark era um adolescente comum até descobrir ter herdado os super-poderes do pai.

Enquanto tenta se ambientar o universo dos heróis – que possuem equipes formadas, antagonistas perigosos e todos os clichês que você já viu nas HQs –, o protagonista busca equilibrar sua vida como defensor da justiça com seus interesses de um jovem normal, incluindo estudos e namoro (principalmente a parte do namoro).

O uso de violência gráfica

É comum em histórias de super-heróis haver a banalização da violência. O que poderia dar errado ao lançar um criminoso através de uma parede? E destruir um prédio durante o combate ao mal? Invincible presta atenção nas consequências práticas das “ações heroicas”. Por isso, sangue (muito sangue) e ossos quebrados são rotina aqui, porque é isso que acontece quando há violência. A intenção é realmente chocar quem assiste e nos fazer questionar.

Afinal, por que celebrar um simples bandido de rua sendo triturado na porrada quando, na verdade, ele pode ser resultado de um problema social ou vítima de uma rede criminosa de grande porte que se infiltra até mesmo na polícia e na política? Tanto nos gibis quanto nos filmes e séries, tende-se a aplaudir momentos como esse, sem que ninguém pergunte que tipo de justiça está sendo realmente feita no fim do dia. Mark lida com esses dramas.

Super caso de família

Como falamos no post anterior, Invincible brinca bastante com grupos de heróis – tirando sarro principalmente dos times da DC –, mas o que realmente chama atenção é o drama na casa dos protagonistas. Tudo porque, enquanto Nolan esconde um segredo sombrio e Mark vive os altos e baixos de sua nova carreira, a esposa e mãe da família, Debbie (Sandra Oh, de Anatomia de Grey), sente-se frágil e diminuída por não se inserir no mundo heroico.

Mas isso não a impede de investigar sozinha as terríveis ações de seu marido, demonstrando coragem e força sem igual. Talvez Debbie seja a maior heroína da história, sem nem saber.

Fidelidade aos quadrinhos

Embora não siga exatamente os acontecimentos dos quadrinhos, a primeira temporada da atração faz uso de conceitos e situações que muito se assemelham à primeira dezena de histórias do herói conhecido como Invencível. Dessa forma, a experiência consegue abraçar quem nunca teve contato com a obra impressa de Kirkman, como também apresenta muito fan service aos leitores mais assíduos, recriando cenas e diálogos com perfeição.

Por tudo isso, a produção já tem 2ª e 3ª temporadas confirmadas pelo streaming!

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