Liga da Justiça de Zack Snyder é reparação ao universo DC

Liga da Justiça de Zack Snyder é a reparação do universo DC

Em 2017, elogiamos a Warner e a DC por colocar nas telonas seu principal grupo de heróis, mesmo que num filme resultado de uma série de contratempos. Vale pontuar que Zack Snyder deixou a direção após a morte de sua filha, Autumn. Joss Whedon, aclamado por dois primeiros “Vingadores”, assumiu o comando e inseriu o humor que funciona na Marvel, mas que aqui não vingou. Posteriormente, Whedon foi acusado de comportamento abusivo pelo elenco.

Tanto para os fãs quanto para Zack Snyder, que arquitetou o chamado Universo Estendido DC desde O Homem de Aço (2013), ficou a sensação de que a experiência poderia ser melhor. E, junto ao público, o cineasta veio trabalhando para convencer o estúdio a deixá-lo terminar a produção. E deu certo. Assim, tivemos anunciada Liga da Justiça de Zack Snyder, versão com o corte do diretor, que estreou no dia 18 de março nas plataformas digitais aqui no Brasil.

Justiça para todos

Na Snyder Cut, há tempo e espaço para todos os heróis brilharem. (Foto: DC)

Com uma aventura de 4 horas de duração, o longa é consistente em seu tom, seguindo a lógica estabelecida na fundação do DCEU, que aposta na sobriedade e no apelo humano dos personagens. Em vez da algazarra da edição de Whedon, há o desenvolvimento completo dos personagens The Flash (Ezra Miller), Ciborgue (Ray Fisher) e Aquaman (Jason Momoa). O trio surge perto de seus respectivos núcleos, ganhando contexto e carisma.

Ou seja, há um ganho enorme para a narrativa, que passa a contar com todos os protagonistas em seus plenos potenciais. E não como apenas figurantes para Super-Homem (do qual falaremos logo abaixo). Outra mudança é o visual do antagonista Lobo da Estepe (Ciarán Hinds), que também é colocado em seu devido lugar – isto é, como mero arauto do poderoso Darkseid (Ray Porter). Este último, por sinal, fez falta no título de anos atrás.

Universo sombrio

O maior mérito de Liga da Justiça de Zack Snyder é abrir uma janela para Apokolips, lar de Darkseid, Desaad (Peter Guinness) e Vovó Bondade, que vislumbram a Terra pensando no estrago que podem fazer. Com o destino do planeta em jogo, Snyder cria uma atmosfera tensa e épica sobre Liga da Justiça. Para completar, além das Caixas Maternas, há a introdução da Equação Anti-Vida (fórmula que tira o livre-arbítrio das criaturas) como objetivo do vilão dos Raios Ômega.

O que aconteceria se…

O Coringa de Jared Leto é uma das boas surpresas do longa. (Foto: DC)

Após prestar mimos aos fãs que apoiaram sua campanha, Liga da Justiça de Zack Snyder ainda oferece belas cenas do Superman (Henry Cavill) de uniforme preto fiel ao seu retorno nos quadrinhos e sem os efeitos horríveis que marcaram o kryptoniano em 2017. É claro que isso nos deixa ávidos por uma sequência da saga de Clark Kent. Para fechar, o longa tem uma utilização mais assertiva sobre o universo do pesadelo de Batman (Ben Affleck).

Mesmo sem qualquer plano para uma sequência, a obra flerta com o que aconteceria se Darkseid dominasse a Terra tendo Superman sob seu comando. O destaque aqui é a presença do repaginado Coringa (Jared Leto) com um divertido e inesperado diálogo junto do Cavaleiro das Trevas. Por tudo isso, podemos dizer que um filme completamente novo está sendo lançado e ele merece ser assistido. Fica a torcida para que a Snyder Cut tenha futuro no DCEU.

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