Esquadrão Trovão: filme de heroínas da Netflix é piada sem graça

Esquadrão Trovão: filme de heroínas da Netflix é piada sem graça

Filmes de super-heróis a cada vez mais estão se cruzando com outros gêneros do cinema. Enquanto Capitão América: O Soldado Invernal trouxe um pouco de espionagem, Os Novos Mutantes se aproximou do terror. Já Esquadrão Trovão (Thunder Force, EUA, 2021), original da Netflix, procurou fazer comédia ao escalar Melissa McCarthy (Rainhas do Crime) como uma das protagonistas. O resultado, no entanto, não podemos dizer que foi divertido.

Começando com uma vibe oitentista bacana, o longa dirigido e escrito por Ben Falcone (Tammy: Fora de Controle) se aproveita de clichês dos gibis para construir um mundo em que uma onda espacial ativou superpoderes na parte da sociedade composta por psicopatas. Para combater os vilões que assassinaram seus pais, a cientista Emily Stanton (Octavia Spencer, de A Cabana) dedicou sua vida a desenvolver uma fórmula que lhe dê habilidades especiais.

De mal a pior

Em 1h46 de duração, a obra apresenta a antiga melhor amiga de Stanton, a motorista Lydia Berman (McCarthy), que não parece ter a oferecer nada além de desleixo, mau comportamento e hábitos de higiene questionáveis. Porém, em uma visita à colega de sucesso, Berman acaba exatamente na câmara onde é aplicado o tratamento para receber superpoderes. A partir daí, as duas começam a treinar para salvar a cidade dos vilões, chamados de “meliantes”.

Com um humor escatológico, que inclui piadas injeções, comida crua e um homem metade caranguejo, o filme descamba ao focar demais no treinamento do “Esquadrão Trovão”, uma vez que a química entre Melissa McCarthy e Octavia Spencer não vinga. Enquanto isso, vemos os atores Jason Bateman (Ozark), Pom Klementieff (Guardiões da Galáxia Vol. 2) e Bobby Cannavale (Homem-Formiga) emprestando seus talentos a antagonistas bem genéricos.

O veredito

Sem entreter quem procura por uma aventura super-heroica ou se divertir como em Deadpool, a produção do streaming logo faz o telespectador perder o interesse pela trama e personagens. Com isso, a obra se torna um título dispensável no catálogo. Como pontos positivos, podemos citar somente a trilha sonora com músicas da década de 1980 e os efeitos visuais competitivos com os de blockbusters.

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