Batman: Alma do Dragão reúne homenagens a Kung Fu e blaxploitation

Batman: Alma do Dragão reúne homenagens a Kung Fu e blaxploitation

Em uma iniciativa surpreendente da DC, o filme animado Batman: Alma do Dragão foi lançado em janeiro em formatos digitais e em Blu-ray, trazendo o icônico Homem-Morcego em uma aventura ambientada na década de 1970, misturando os gêneros de “Blaxploitation” (como Shaft e Luke Cage) e Kung Fu.

A obra tem Bruce Timm (Batman: A Série Animada) na produção executiva, Sam Liu (Mulher-Maravilha: Linhagem de Sangue) na direção e Jeremy Adams (Mortal Kombat Legends: A Vingança de Scorpion) no roteiro.

Na trama, de 1h23 de duração, que embora leve o nome de “Batman” no título, o telespectador encontra Richard Dragon (Mark Dacascos, de John Wick 3 – Parabellum) no centro da ação. É o rapaz, de visual inspirado em Bruce Lee, que surge tentando encontrar os ladrões de um portão que prende uma antiga entidade demoníaca, a serpente Nāga.

Equipe explosiva

Para alcançar seu objetivo, Dragon recorre a seus antigos colegas de treinamento em Nanda Parbat, isto é, os melhores alunos de artes marciais ensinados por O-Sensei (James Hong, de Kung Fu Panda).

Entre eles estão Bruce Wayne (David Giuntoli, de Grimm: Contos de Terror), iniciando carreira como Cruzado Encapuzado, Ben Turner (Michael Jai White, de Arrow), o agressivo Tigre de Bronze, e Lady Shiva (Kelly Hu, de X-Men 2), que antes fora uma guerreira honrosa, mas agora atua no comando da criminalidade de Gotham.

Aos trancos e barrancos, esse time inusitado (do que podemos classificar como “anti-heróis”) deve derrotar as forças do Rei Cobra (Patrick Seitz, de ThunderCats Roar), que demonstra crueldade sem igual para sacramentar uma profecia envolvendo o deus de seu culto sinistro.

Para maiores

Não é surpresa dizer que Batman: Alma do Dragão presta homenagem às artes marciais e filmes deste gênero. Mas, entre socos, pontapés e perseguições, o longa se destaca pela maturidade em cenas tensas, de insinuação sexual e passagens violentas no submundo de Gotham, assim como na intensidade que dá à figura do Cavaleiro das Trevas – usado nos pontos altos da produção.

Sem ligação aparente com a reconstrução do universo animado DC (iniciada em Superman: O Homem do Amanhã), o título se faz uma interessante aventura, cheia de personalidade na trilha sonora setentista, ideal para quem aprovou outras obras do selo Elseworlds, como Superman: Entre a Foice e o Martelo e Gotham City 1889: Um Conto de Batman.

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