Bloodshot: Vin Diesel entrega anti-herói vingativo em ação genérica

Produções como Alita: Anjo de Combate e Altered Carbon indicam que a indústria do cinema e TV já vislumbra o futuro da humanidade. Bloodshot, o novo filme da Sony Pictures, não é diferente e imagina o aprimoramento pela robótica como próximo passo da evolução. Estreando nesta quinta-feira (12/03), o longa, dirigido por Dave Wilson (Amor, Morte & Robôs) e estrelado por Vin Diesel (Velozes & Furiosos), chega com o peso de ser o primeiro blockbuster inspirado nos quadrinhos da Valiant Entertainment (casa de X-O Manowar e Faith).

Na trama, o soldado Ray Garrison (Diesel) é morto em combate e acaba ressuscitado por uma tecnologia inovadora, que lhe confere força e regeneração sobre-humanas. É claro que nada disso vem de graça, e o protagonista acorda sem suas memórias nas instalações do Projeto Espíritos Ascendentes, empresa paramilitar liderada por Emil Harting (Guy Pearce, de Homem de Ferro 3). Aos poucos, Garrison começa a lembrar da tragédia envolvendo sua esposa, Gina (Talulah Riley, de Westworld), e decide partir em busca de vingança contra seus assassinos.

Em live-action, Bloodshot apresenta visual caprichado e boas cenas de ação. (Foto: Sony Pictures)

No roteiro envolvente alinhavado por Jeff Wadlow (Verdade ou Desafio) e Eric Heisserer (A Chegada), tanto Garrison quanto o telespectador se veem diante de um emaranhado de memórias legítimas e falsas que levantam uma questão: será que tudo o que o anti-herói está vivendo é verdadeiro ou uma realidade manipulada? Para desvendar o que é real ou não, Ray conta com a ajuda da rebelde KT (Eiza González, de Um Drink no Inferno), também uma militar aprimorada e o braço direito de Harting, que funciona como uma bússola moral.

Filme de ação e ficção científica, Bloodshot coloca seu protagonista em uma jornada cheia de violência e descobertas, que lhe faz confrontar seu passado e comprar a maior briga para recuperar sua liberdade. Em 1h49 de duração, o título tem boa direção de Dave Wilson, que põe intensidade e dinamismo nos combates e perseguições – além de uma pitada de humor. Contudo, no que sobra em qualidade aos efeitos visuais, falta em carisma para Garrison na interpretação de Vin Diesel, que pouco expressa do caos emocional de seu personagem.

Sem comprometer como filme de pancadaria, a obra entrega momentos de adrenalina e computação gráfica caprichada – o que parecia seu maior desafio. No entanto, a pouca profundidade com que seus personagens são explorados coloca em xeque a possibilidade de uma continuação.

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