What If…? inicia com boa premissa e visual caprichado

Carlos Bazela
What If…? inicia com boa premissa e animação caprichada

Na última quarta-feira (11), o catálogo do Disney+ recebeu What If…?, a mais nova série da Marvel Studios. Contudo, para quem estava acostumado com live-actions, como os aclamados WandaVision, Falcão e o Soldado Invernal e Loki, a novidade veio em um embrulho diferente: animação.

Narrado pelo Vigia, o novo programa do streaming se destaca por trazer histórias que, supostamente, se passam em algumas das muitas realidades da Marvel, algo trazido para a cronologia pela série do Loki. Um exercício de imaginação que cria todo um contexto diferente a partir de uma única alteração nos fatos como eles ocorreram dentro da linha do tempo principal do MCU.

Nesse episódio de estreia, por exemplo, vimos o que aconteceria se a Agente Carter tivesse sido inoculada com o Soro do Super Soldado no lugar de Steve Rogers, que permaneceu um soldado franzino do Exército dos EUA. Daí em diante, vemos Peggy recebendo um uniforme colorido e o tradicional escudo redondo, que trazem a bandeira do Reino Unido ao invés dos símbolos norte-americanos.

A primeira vingadora

A história, então, segue como uma versão alternativa de O Primeiro Vingador. Toda a ação ainda se desenrola na Segunda Guerra, a Hidra e o Caveira Vermelha ainda são o inimigo e o Tesseract segue como objeto de disputa dos dois lados. Contudo, algumas mudanças no decorrer dos fatos acabam levando para um desfecho bem diferente do filme original.

Começando pela recuperação do Tesseract logo de início, que acaba sendo utilizado como fonte de força para uma gigantesca armadura de combate construída por Howard Stark e pilotada por ninguém menos que Rogers. A sequência do trem – que, no longa, termina com o desaparecimento de Bucky Barnes – também muda aqui e coloca em xeque a existência futura do Soldado Invernal nessa realidade.

Mas, ainda que as mudanças sejam muitas, o desfecho é o esperado para alguém no papel do Capitão América.

Animação em destaque

Com uma narrativa cativante, que faz jus aos personagens, o primeiro episódio de What If…? mostra que a série tem tudo para cativar o público que gosta de histórias além da história. Com um leque infinito de possibilidades para mudar o que vimos nos cinemas, ainda é cedo, contudo, para saber se a presença do Vigia como fio condutor terá um papel mais ativo para conectar as tramas ou se está lá apenas como elemento em comum de uma antologia.

Outro ponto que vale destacar é o visual caprichado. A mistura de elementos 3D e 2D faz de What If…? uma animação fluida e que impressiona seja nos cortes mais intimistas, com foco no close dos personagens ou nas cenas de ação, com bastante dinamismo.

A nova série exclusiva para o Disney+ também chega como uma oportunidade de matar a saudade de alguns dos atores da Marvel. Hayley Atwell, por exemplo, repete o papel dando voz à Peggy Carter, enquanto Sebastan Stan, Jeremy Renner e Samuel L. Jackson também retornam dublando Bucky Barnes, Gavião Arqueiro e Nick Fury, respectivamente. Pelo que vimos nessa estreia, teremos mais um acerto da Casa das Ideias na TV.

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