Marvel Anime: Wolverine oferece boa história, mas peca pelo visual

Marvel Anime: Wolverine oferece boa história, mas peca pelo visual

Disponível na Netflix desde dezembro, o anime estrelado pelo Wolverine é resultado de uma parceria entre a Marvel a Madhouse, que rendeu bons frutos como a série Marvel Anime: X-Men e os filmes Vingadores Confidencial: Viúva Negra & Justiceiro e Homem de Ferro: A Batalha contra Ezequiel Stane. A produção, por sua vez, apresenta uma trama parecida com a do live-action Wolverine Imortal, mas peca num ponto crucial: o visual.

Na trama, composta por 12 episódios de 22 minutos, Wolverine (Rikiya Koyama) descobre que Mariko Yashida (Fumiko Orikasa), um de seus interesses amorosos mais famosos, é vítima de um casamento arranjado por seu pai, Shingen (Hidekatsu Shibata), com o herdeiro da máfia de Madripoor, Hideki Kurohagi (Kazuki Yao). As investigações, porém, se iniciam no Japão, com Logan ajudando o policial Tesshin Asano (Masaki Terasoma).

Conforme a trama avança e os rastros de sangue aumentam, o espectador é apresentado à enigmática Yukio (Romi Pak), personagem que também foi ajudante do anti-herói mutante em segundo filme solo estrelado por Hugh Jackman.

Fator positivo

A aventura estabelecida em cenários orientais dá um clima especial ao seriado. Ao longo do programa, temos Wolverine como uma espécie de samurai encarando membros da I.M.A (Ideias Mecânicas Avançadas), o competitivo assassino Kikyo Mikage (Masato Hagiwara) e o vilão Omega Red (Ryûzaburô Ôtomo). Além disso, o anime oferece ação quase incessante, quando seu protagonista enfrenta a criminalidade de Madripoor, e uma pegada adulta.

Ferida aberta

Diferente da animação dos pupilos de Charles Xavier, Marvel Anime: Wolverine tem na parte visual um grande problema. A começar por Logan, que exibe silhueta extremamente esguia (mesmo sendo conhecido por ser baixinho), semblante jovem e apenas duas costeletas finas que em nada lembram da estética clássica do velho carcaju. Para completar, há hiperssexualização das persongens feminas, o que não acrescenta nada ao enredo e torna algumas cenas desconfortáveis.

Assim, no fim das contas, mesmo com a proposta interessante de trazer Wolverine em um formato que poderia lhe cair muito bem, o título vacila por se distanciar do mutante como o público se acostumou a conhecê-lo, ficando com cara de anime genérico.

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