Baseada nos quadrinhos de Mark Millar e Dave Gibbons, a mais recente franquia de filmes de espionagem ganha um novo capítulo nas telonas com King’s Man: A Origem (The King’s Man, Alemanha/Reino Unido/EUA/França/Itália, 2021) – que estreia nesta quinta-feira (6) após muitos adiamentos. Na prática, a produção da 20th Century Studios funciona como prequela para as aventuras de Egsy e Harry Hart/Galahad, exibidas nos títulos de 2014 e 2017.
Assim como os outros dois, este filme é dirigido por Matthew Vaughn – conhecido também por X-Men: Primeira Classe –, que direciona o enredo para um período próximo da Primeira Guerra Mundial, abordando suas tensões na geopolítica global. Assim, é apresentado Orlando Oxford (Ralph Fiennes, de Harry Potter e o Cálice de Fogo), que serviu às forças britânicas, mas depois de um ferimento na perna e se tornar pai e viúvo, decide agir de outra maneira.
Ao fundar a primeira agência de inteligência independente do mundo, Oxford treina seu filho, Conrad (Harris Dickinson, de O Cristal Encantado: A Era da Resistência), para se tornar um agente secreto. Porém, o que o rapaz realmente deseja é provar seu valor na frente de batalha como um soldado. Completam a equipe o mordomo Shola (Djimon Hounsou, de Shazam!) e a governanta Polly (Gemma Arterton, de Fúria de Titãs), que vão além dessas funções.
Foco nos vilões
Se a história complicada sobre manipulação de conflitos entre nações parece muito para assimilar nas 2h21 de duração, King’s Man: A Origem acerta a mão ao manter a tradição da saga por antagonistas megalomaníacos. Aqui, chamam a atenção as figuras do excêntrico Rasputin (Rhys Ifans, de Homem-Aranha: Sem Volta para Casa) e do ardiloso Hanussen (Daniel Brühl, de Falcão e o Soldado Invernal). E há todo um conselho de outros vilões.
Como se isso não bastasse, destaque para o personagem vivido por Ralph Fiennes, que assume o protagonismo tanto nas cenas mais emotivas quanto nas mais canastronas do longa, sem deixar de representar os pilares de hombridade e elegância da Kingsman.