Na década de 1990, a Disney tentou uma abordagem mais contemporânea para alguns dos seus personagens clássicos. Balu virou piloto de avião em Esquadrilha Parafuso, enquanto Tico e Teco resolviam casos muito maiores do que eles em “Defensores da Lei“.
Bem-sucedido, o programa trazia o pragmático Tico, com jaqueta de piloto e chapéu estilo Indiana Jones com o desleixado Teco e sua camisa vermelha florida ao lado de dois ratos, o aventureiro Monterey Jack, o Monty e a inteligente mecânica Geninha. A mosca Zipper também fazia parte do grupo, que patrulhava a cidade ajudando pessoas e colocando fim ao império criminoso do Sr. Gatão e seus capangas.
Agora, a Disney revisitou esse universo de uma maneira divertida e inusitada no filme Tico e Teco: Defensores da Lei, que estreou em 20 de maio no catálogo do Disney+.
De volta ao jogo
A trama, narrada por Teco (Andy Samberg, de Brooklyn Nine-Nine), conta a história do programa Tico e Teco e os Defensores da Lei, do sucesso até o cancelamento, que aconteceu quando o esquilo trapalhão decidiu estrelar sua própria série: 00 – Teco, que acabou naufragando. No presente, Tico (John Mulaney, de Homem-Aranha no Aranhaverso) trabalha num escritório e seu ex-parceiro segue tentando a vida no show biz, vivendo das glórias do passado, com aparições em convenções.
Mas, quando seu antigo amigo Monty (Eric Bana, de Hulk) desaparece como provável vítima de uma gangue que falsifica desenhos antigos para estrelar produções piratas, a dupla decide ajudar a policial Ellie (KiKi Layne, de The Old Guard) na investigação do caso, revivendo as aventuras do seriado de detetives.
Um mundo animado
O filme vai no mesmo caminho de produções dos Muppets e do clássico Uma Cilada para Roger Rabbit (que faz breve aparição) ao misturar atores reais com desenhos animados em 2D e 3D. Contudo, sem pesar tanto a mão nas piadas como os anteriores, deixando o elemento mais forte para o vício de Monty em queijo fedorento.
Mas, isso não significa que Tico e Teco: Defensores da Lei não entregue ótimas risadas, com a Disney fazendo piada com ela mesma, ao mostrar o Teco pós “cirurgia plástica CGI”, para tentar emplacar uma carreira em remakes.
E, principalmente, com aparições ilustres, como o candelabro Lumière (Jeff Bennet, de Encantada), de A Bela e a Fera, e a melhor de todas: o Sonic Feio (Tim Robinson, de Saturday Night Live), a CG rejeitada do primeiro trailer do Ouriço Azul, com direito aos dentes medonhos que apavoraram a internet.