Maduro, Transformers: War for Cybertron Trilogy – O Cerco eleva franquia

Carlos Bazela

Transformers é uma das franquias mais famosas do mundo. Seja nos desenhos animados, cinema ou mesmo na série de brinquedos fabricados pela Hasbro desde o começo dos anos 1980, é difícil achar quem não conheça Optimus Prime, Megatron e seus respectivos aliados.

Mas, como toda franquia longeva, há a necessidade de recontar de tempos em tempos a história dos robôs alienígenas refugiados do planeta Cybertron a um público que se renova continuamente, ao mesmo tempo em que fãs de décadas também seguem cada reformulação atentamente e, muitas vezes, com críticas em excesso.

O visual quadriculado dos personagens remete ao design clássico dos Transformers. (Foto: Netflix)

Assim, agradar aos dois tipos de fãs parece uma tarefa impossível. Contudo, de novo, Transformers existe há tanto tempo que até mesmo essa missão foi cumprida com sucesso mais de uma vez em seriados tão memoráveis quanto a original, como Beast WarsBeast Machines e Transformers Prime. Agora, chega a vez da Netflix ingressar no panteão com War for Cybertron Trilogy, cujo primeiro capítulo, “O Cerco”, já está disponível no catálogo do serviço de streaming.

Dividido em seis episódios, esse primeiro capítulo é ambientado no planeta natal dos robôs, Cybertron. E já começa em plena guerra civil, mostrando os Decepticons, liderados pelo Megatron, perseguindo o grupo rival, os Autobots, que tem Ultra Magnus como líder e Optimus Prime e Elita-1 como comandantes de campo. Tudo isso com uma atmosfera sombria, madura e fiel a toda a mitologia dos personagens construída até hoje.

Novas histórias, velhos conhecidos

Além dos líderes dos Autobots e Decepticons, Bumblebee, Starscream, Wheeljack, Shockwave e Arcee são alguns dos nomes reconhecidos logo de cara na animação, totalmente feita em computação gráfica. Aliás, se tem um acerto da produção perceptível já nos primeiros minutos é o visual, nitidamente inspirado na primeira geração de Transformers, com corpos quadrados e faces robotizadas.

Mas, nem por isso espere uma trama rasa. Na história, Autobots, em menor número, procuram sobreviver à extinção de sua casta, enquanto procuram pelo Allspark, centelha de vida que pode restaurar o equilíbrio em Cybertron. Megatron, por sua vez, busca o Allspark para usá-lo como arma e dar cabo de vez do grupo rival.

Na animação, vemos o lado mais sombrio do mundo dos Transformers. (Foto: Netflix)

Outro ponto no qual a minissérie se destaca é o clima acima do tom do que se esperaria de uma produção dos heróis robóticos. Violenta e com passagens consideradas fortes, O Cerco ainda consegue pegar fundo na política, mostrando Megatron como um líder populista e carismático, que diz querer reunificar seu povo, enquanto planeja, na verdade, um genocídio daqueles que se opõem ao seu governo.

Transformers na medida

Em um cenário pessimista para os Autobots, Transformers: War for Cybertron Trilogy é uma excelente produção com temática de guerra, que explora em detalhes eventos mencionados em outras produções e que chega em um momento necessário para a franquia.

Afinal, ainda que Travis Knight tenha trazido um respiro de sensatez e aventura aos “robôs disfarçados” nos cinemas com seu Bumblebee, em 2018, são os cinco filmes dirigidos por Michael Bay que ainda definem Transformers para uma geração, incluindo o último e bagunçado O Último Cavaleiro (2017).

Por isso, que venham os próximos dois capítulos de Transformers: War for Cybertron Trilogy, confirmados pela Netflix, mas ainda sem data de estreia anunciada.

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