3ª temporada prova que The Boys não tem limites

3ª temporada prova que The Boys não tem limites

Nem Marvel ou DC. O escracho de The Boys é o novo queridinho dos fãs, tanto que o Prime Video trouxe a São Paulo nesta semana parte do elenco e o showrunner (confira a entrevista) da série inspirada nas HQs de Garth Ennis. Nesta sexta-feira (8), a terceira temporada do programa ganhou seu episódio final e, como somos “bons garotos”, nos seguramos para não soltar nenhum spoiler depois de termos acesso antecipado a todos os capítulos.

Mas, já livres do embargo, podemos comentar livremente sobre os acontecimentos da temporada mais despudorada que a TV e streaming já viram – e isso não é nada ruim! Para começar, o maior destaque dos 8 episódios novos é a presença de Soldier Boy (Jensen Ackles, de Supernatural), que surge como única arma capaz de confrontar o Capitão Pátria (Antony Starr). Para tanto, Butcher (Karl Urban) parte em busca do mito sobre o herói veterano.

Como dito nas primeiras impressões, o líder do grupo Os Sete vem sendo questionado após seu envolvimento com a nazista Tempesta (Aya Cash) ter se tornado público. Em baixa, Pátria é colocado para fazer o papel de arrependido em programas de TV, tendo seu comando diminuído pelo chefão da Vought, Stan Edgar (Giancarlo Esposito), que prefere empoderar a liderança de Luz-Estrela (Erin Moriarty). Fórmula para surtos e muita tensão, claro.

Nivelando o jogo

No perigoso jogo de gato e rato disputado por Butcher e Capitão Pátria, entra em cena um novo elemento: uma versão do Composto V que, por 24h, concede superpoderes a quem injetá-la. É com esta carta na manga que o chefe dos rapazes decide encarar os perigos da nova temporada, isso sem saber dos riscos que a substância causa à vida. No ano que mais expôs as fragilidades de Pátria, é divertido vê-lo surpreendido pelas habilidades do inimigo.

Por outro lado, fazer uso da mesma arma dos supers tem impacto negativo entre os meninos, uma vez que Leite Materno (Laz Alonso) não aceita a ideia de o grupo ceder àquilo que mais combate – o poder que nenhum humano deveria possuir. A divisão entre os protagonistas fica ainda mais evidente pela rejeição de ‘Leitinho’ sobre a aliança de Butcher com Soldier Boy, justamente o super responsável pelo massacre de sua família no passado.

Sem papas na língua

Polêmico, The Boys é certeiro ao fazer sátiras sobre comportamentos racistas e que, de alguma forma, tentaram suavizar e se apropriar das tensões causadas pelo assassinato de negros nos EUA, além de fazer de um atentado causado por Soldier Boy uma paródia de comportamentos negacionistas. Destaque para Pátria dizendo “é seguro sair de casa”, como fora dito no início da pandemia. A acidez no arco de Trem-Bala (Jessie T. Usher) contra um herói racista também merece menção.

Por fim, ah, o Herogasm (ou, como nos quadrinhos, o “Supergasmo”) no episódio 6 torna evidente a falta de limites com a qual trabalha o showrunner Eric Kripke. Entre um pênis gigante, litros de esperma sendo jorrados e uma infinita de aparatos sadomasoquistas, a adaptação teve de tudo. Entre muita violência e sexo – nem sempre simultâneos –, utiliza seu senso de humor diabólico (entenda) para entreter e fazer provocações necessárias em um gênero que costuma ser nulo.

A 4ª temporada já foi confirmada pelo Prime Video!

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