Para celebrar o episódio final da terceira temporada de The Boys, parte do elenco e o showrunner da série, Eric Kripke, vieram a São Paulo para interagir com os fãs e conhecer a maior cidade do país que se destaca comentando sobre a atração nas redes sociais. A convite do Prime Video, o serviço de streaming da Amazon, tivemos a oportunidade de participar de uma entrevista coletiva com as estrelas da adaptação dos quadrinhos de Garth Ennis.
Entre visitas ao Beco do Batman – devidamente ambientado com os personagens do seriado – e ao estádio Allianz Parque, o time de talentos que incluía Antony Starr (Homelander), Karl Urban (Butcher), Jack Quaid (Hughie), Karen Fukuhara (Kimiko), Nathan Mitchell (Black Noir), Claudia Doumit (Victoria Neuman) e Jensen Ackles (Soldier Boy) conversou com a imprensa sobre o desenrolar de The Boys nesta temporada e o sucesso feito entre o público.
“Super-heróis são uma péssima metáfora de muito do que está errado em nosso mundo em termos de políticos, celebridades, mídias sociais… É só pegar qualquer fenômeno que está acontecendo no mundo e jogar nos ‘supers’ que funciona”, disse Kripke, sobre questões como racismo e a figura ditatorial explorados no seriado. Sem entrar em detalhes, Kripke afirmou que “qualquer pessoa que se apresente como herói só pensa em interesses próprios”.
Se você não está em dia com The Boys, foram feitas sátiras de movimentos ultraconservadores que recentemente se proliferaram entre a sociedade e governanças de diversos países.
Compondo o escárnio
A saga oferece um punhado de personagens violentos e problemáticos que vivem cenas de violência extrema ou bizarramente tórridas. E é claro que os atores foram questionados sobre a preparação para dar vida a essas figuras indigestas. “Interpreto um personagem imaturo, frágil e vulnerável que é a pessoa mais poderosa do planeta”, descreveu Starr, que complementou revelando não ter ideia “no que estava se metendo” quando assinou contrato.
Segundo o ator neozelandês, as expressões faciais intensas e que mudam rapidamente têm sido alcançadas de maneira natural, devido à sua imersão no roteiro. Sobre isso, Kripke adicionou uma informação dos bastidores. “Disse que ele [Antony Starr] tinha feito uma ótima expressão, mas ele me respondeu: droga, agora estou pensando nisso em vez de fazer”, revelou. Um erro de direção que o veterano conhecido por Supernatural prometeu não cometer novamente.
“Em um mundo em que somos tão consumidos por produtos de super-heróis, é importante desconstruir o mito um pouquinho e reconhecer a verdade de que super-heróis não existem e ninguém irá nos salvar”, refletiu Urban. Assim como seu anti-herói, o astro acredita que, sem um salvador em quem confiar, cabe a cada um fazer sua parte por quem ama e pelo planeta.
Quer saber mais sobre The Boys? Confira aqui nossa cobertura da série!