Trem-Bala: ação incessante com elenco estrelado

Trem-Bala: ação incessante com elenco estrelado

O gênero de filmes de ação vem passando por uma notável renovação. Muito disso se deve ao trabalho de David Leitch, diretor em ascensão em Hollywood – que assina John Wick: De Volta ao Jogo, Atômica e Deadpool 2. Nesta semana, aqui no Brasil, entra em cartaz seu novo longa, intitulado Trem-Bala (Bullet Train, EUA/Japão, 2022), que traz uma trama divertida e repleta de pancadaria, enriquecida por um elenco formado por talentos de primeira grandeza.

Baseado no livro de Kôtarô Isaka, o longa lançado pela Sony Pictures apresenta o mercenário de codinome Lady Bug (Brad Pitt, de Guerra Mundial Z), marcado por uma inescapável maré de azar, que aceita interceptar uma maleta cheia de dinheiro em um trem que parte de Tóquio para Morioka, no Japão. O que o protagonista não sabe é outros assassinos de aluguel também embarcaram, cruzando caminhos pelos mais variados motivos e até algumas confusões.

Com 2h06 de duração, o título se destaca pelas cenas de combates num espaço limitado, cenário que aumenta o impacto dos golpes e rende improvisos entre os bandidos, em sua tentativa de agir sem alarde. O senso de humor ácido combinado ao roteiro que, entrega seu quadro geral ao longo de várias camadas de tramas, consegue surpreender e manter a atenção de quem assiste. Apesar disso, a narrativa ainda parece se prolongar um pouco além da conta.

Carga valiosa

Se a ação é para lá de competente, a composição de cada personagem dá um charme extra para a produção. Afinal, Trem-Bala conta com Aaron Taylor-Johnson (Godzilla) e Brian Tyree Henry (Eternos) interpretando os irmãos Tangerine e Lemon – os mais cativantes do longa –, enquanto Joey King (A Barraca do Beijo) surpreende como a diabólica Prince. Conhecido por dar vida para o Scorpion em Mortal Kombat, Hiroyuki Sanada também marca presença.

E esses nomes são apenas o começo de lista de astros que dão as caras em Trem-Bala, em uma estratégia que funciona para aumentar o mistério sobre todos os passageiros embarcados – resultando em um tom parecido ao das obras de Agatha Christie, como Morte no Nilo.

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