The Witcher: Lenda do Lobo faz boa introdução de Vesemir

Carlos Bazela
The Witcher: Lenda do Lobo vai bem com estreia de Vesemir

Se há algo que podemos dizer sobre a Netflix é que ela sabe aproveitar ao máximo suas franquias. Um exemplo foi Altered Carbon, que contou com duas temporadas em live-action (saiba mais) e um anime (leia nossa crítica) para prolongar a experiência da série. Agora, o serviço de streaming repete a dose com The Witcher e a animação original Lenda do Lobo, dirigida por Kwang Il Han (Stitch!) e com roteiro de Beau DeMayo (também responsável pela principal série da saga).

Na história do longa, acompanhamos a jornada de Vesemir (dublado por Theo James, de Divergente) desde sua infância, quando desistiu de sua vida de quase escravidão ao lado de Illyana (Jennifer Hale, a voz feminina da Comandante Shepard nos games de Mass Effect) para seguir o bruxo Deglan (voz de Graham McTavish, de O Hobbit) e se tornar um deles.

Como todos os de sua casta, Vesemir vive sozinho caçando monstros por dinheiro e sendo agradecido e hostilizado em igual medida por onde passa. Mas, ao reencontrar Illyana 60 anos depois e tentar proteger seu vilarejo de criaturas que nunca haviam sido vistas, ele vai descobrir na feiticeira Tetra (Lara Pulver, de Sherlock) a razão dos bruxos serem mais odiados em alguns lugares.

Entre os games e a série

Com animação competente do Studio Mir e uma boa escolha para as vozes originais, Lenda do Lobo consegue se localizar bem e ainda trazer algo novo aos livros do polonês Andrzej Sapkowski, principalmente para quem o conheceu por meio da série estrelada por Henry Cavill (leia nosso review) ou pelos jogos da CD Projekt Red, ao mostrar a fortaleza de Kaer Morhen cheia de meninos candidatos a se tornarem bruxos e as próprias criaturas híbridas, que dão um tom de terror a mais para o cânone.

Aliás, um grande acerto do anime é que ele soube contar a história de Vesemir de uma forma que não só complementa a série focada em Geralt de Rívia (Cavill), como é uma ótima história de origem para um personagem querido dos fãs dos games. Principalmente os de The Witcher III: Wild Hunt, aventura mais famosa dos bruxos da Escola do Lobo nos consoles e PC.

Outros elementos da franquia, como a violência e umas pitadas de nudez também estão presentes, mas nada que faça a animação apelativa demais e desfoque o espectador da trama principal.

No mais, The Witcher: A Lenda do Lobo é entretenimento de qualidade para quem gosta desse universo e mereceria até uma sequência em série no mesmo formato. Aliás, assim como dissemos sobre Altered Carbon, o anime se mostra uma ótima via para Vesemir, Geralt e companhia caso o live-action não seja renovado futuramente. Não que estejamos torcendo por isso, mas, com a Netflix, o risco sempre existe.

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