Acampamento Jurássico: 3ª temporada traz viés ecológico

Carlos Bazela
Acampamento Jurássico: 3ª temporada faz debate ecológico

Com os caçadores da 2ª temporada (leia nossa crítica) derrotados, para dizer o mínimo, os desafios de Darius Bowman, Yasmina Fadoula, Kenji Kon, Sammy Gutierrez, Ben Pincus e Brooklynn voltam a ser os dinossauros que transformaram a estadia dos adolescentes em no Acampamento Jurássico em um pesadelo.

E a nova leva de 10 episódios, disponíveis na Netflix, já começa com adrenalina: o grupo está em uma jangada improvisada tentando sair da ilha, mas o plano acaba indo por água abaixo. Chega a hora de voltar ao que restou do dormitório para reavaliar as ideias recentes, mas ver que já tentaram praticamente de tudo, sem sucesso, enche todos de desesperança.

Porém, quando decidem repetir a tentativa de fuga pelo mar usando o tecido aerodinâmico de um mirante com asas delta, os adolescentes descobrem que o iate que trouxe o casal de caçadores Tiff e Mitch está perto da costa da ilha. Começa então uma corrida para encontrar combustível ferramentas e outros insumos para consertar o barco e fazer dele sua passagem de volta para casa. Mas, um novo dinossauro híbrido ainda pior que o Indominus Rex aparece e ele não será o único desafio deles nessa nova tentativa de escapar do local.

Relacionamentos e ecologia em evidência

Assim como nos anos anteriores, a 3ª temporada de Acampamento Jurássico aprofunda um pouco na dinâmica dos adolescentes. Nos novos episódios, vemos o quanto Kenji se ressente pelo seu relacionamento distante com o pai, enquanto Ben precisa decidir de vez se irá embora com os outros ou seguirá na ilha com sua amiga, a anquilossaura Bolota. O conflito de Ben acaba deixando a amizade do grupo em xeque. Será que eles ainda serão amigos quando tudo acabar?

No entanto, o novo híbrido, que está deixando um rastro de sangue na selva, não vai dar espaço para muitos debates. É preciso não só sobreviver como garantir que o Doutor Wu, que está de volta à ilha com uma trupe de mercenários, não coloque as mãos na sua pesquisa para replicar seu trabalho.

Aliás, os diálogos do cientista com Brooklyn aprofundam a pegada ecológica da série, por questionar os limites humanos de interferência na natureza. Ideia que é respaldada pela construção da temporada, com cenas que mostram a nova criatura caçando na mata deixam claro que ela está causando um desequilíbrio no já conturbado ecossistema da Isla Nublar.

Mudança de ares

Os últimos episódios ainda dão a entender que a série terá uma reviravolta em seu próximo ano. Se isso realmente acontecer, será bem-vindo. Afinal, com os jovens perdidos já há 6 meses, as possibilidades de resgate na ilha, que está sob quarentena da ONU, vão diminuindo. Assim como as chances da Netflix e a Universal Pictures contarem histórias diferentes em Acampamento Jurássico.

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