Stray: jogo do gato vai além da fofura no PlayStation

Carlos Bazela
Stray: jogo do gato vai além da fofura no PlayStation

Anteriormente anunciado como título para PlayStation 5, Stray – assim como Resident Evil Village (leia a análise) e o vindouro God of War: Ragnarok – foi um dos jogos que acabou agraciando os donos do console anterior, ao sair também para o PlayStation 4 e PC.

No game, disponível só em versão digital, o jogador assume o controle de um herói inusitado: um gato vira-lata. Perdido dos outros gatos com os quais vivia, o felino tenta voltar para onde veio e, no caminho, se envolve em uma grande aventura de ares cyberpunk.

Não cansa de ser gato

Stray impressiona pela criatividade da história. Sem a presença de nenhum humano – o que é explicado enquanto o jogador avança na trama – o simpático gatinho interage somente com robôs e, fora as plantas, é, em muitos momentos o único elemento orgânico presente. Isso quando não divide a tela com os ameaçadores Zurks, pequenos seres gelatinosos que atacam em bando.

O mais interessante é que, em nenhum momento, o protagonista – que não tem nome – deixa de se comportar como um gato. Assim, o game aproveita as habilidades naturais do bichano para acessar terrenos altos, arranhar superfícies, carregar objetos, bem como andar sobre teclados e apertar botões para fazer dispositivos funcionarem.

A ponte entre o felino e o universo futurista é o drone B12, que serve de tradutor para os NPCs e fica acomodado em uma espécie de mochila, que o protagonista carrega para todos os lados (mas não sempre), oferecendo oportunidade para que a destreza do peludo fale mais alto em muitas passagens.

Duração de uma soneca

Lançado como jogo indie, Stray é bem curto. Em cerca de 10 ou 12 horas – que é mais ou menos o quanto um gato dorme por dia –, é possível a um jogador iniciante percorrer a trama, encontrar todos os colecionáveis e se divertir com as “gatices” do personagem, como atrapalhar jogos de mesa, brincar com bolas, dormir e espalhar miados pela tela. Embora o som do ronronado tenha ficado apenas para o PS5, como feature do controle DualSense.

Mas, não se engane pela duração. Stray é um jogo imersivo, que desafia o raciocínio e a capacidade de lógica do jogador, uma vez que é preciso coletar e combinar objetos, além de encontrar soluções para os enigmas propostos.

Sem violência gráfica, o game da Annapurna Interactive, desenvolvido pelo Blue Twelve Studio ainda é uma ótima pedida para pais e filhos jogarem juntos enquanto descobrem que a coragem e curiosidade dos gatos só se equipara à sua lealdade com aqueles que os protegem.

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