Sociedade da Justiça: mix da DC na 2ª Guerra Mundial

Carlos Bazela
Sociedade da Justiça: mix da DC na 2ª Guerra Mundial

Não é de hoje que o The Flash tem sido o responsável por algumas das reviravoltas da DC. Sua habilidade de viajar no tempo e entre dimensões por meio da Força de Aceleração tem trazido aos leitores de quadrinhos tramas interessantes (como Ponto de Ignição), com realidades nas quais os personagens da editora aparecem reinterpretados em contextos completamente novos.

Na animação Sociedade da Justiça: Segunda Guerra Mundial, disponível no catálogo da HBO Max, Barry Allen (Matt Bomer, de Doom Patrol) curte um típico pique-nique em dia de folga, visitando Metrópolis pela primeira vez com a namorada, Iris (Ashleigh LaThrop, de Utopia). Mas, o passeio é interrompido pela luta do Superman (Darren Criss, de Glee) com Brainiac (Darin de Paul, de The Legend of Vox Machina). Pronto para ajudar o Homem de Aço, o Velocista Escarlate corre para impedir que um projétil de Kryptonita atinja seu colega, mas acaba perdendo o controle dos seus poderes.

Logo, o Flash se vê em meio à Segunda Guerra Mundial, onde uma equipe liderada pela Mulher-Maravilha (Stana Katic, de Castle) e ainda composta por avião Negro (Omid Abtahi, de Fear the Walking Dead), Homem-Hora (Matthew Mercer, de O Sangue de Zeus), Jay Garrick (Armen Taylor, de Aquaman: King of Atlantis) e Canário Negro (Elysia Rotaru, de Arrow) tenta salva a França da ocupação nazista.Conhecido como Sociedade da Justiça da América, o time trabalha secretamente para ajudar as forças aliadas, deixando os créditos de suas ações aos soldados.

É então que Barry Allen começa a atuar com o grupo enquanto conta com a ajuda de Garrick para voltar à sua linha do tempo. Isso tudo, fazendo o possível para não alterar fatos do passado que possam surtir mudanças no presente. No entanto, um jovem repórter que auxilia os heróis a encobrirem suas ações no conflito pode indicar que Allen não está só no passado, mas em outro universo.

Colcha de retalhos

Sociedade da Justiça: Segunda Guerra Mundial chama a atenção ao reunir alguns dos elementos que a DC já explorou em tela antes. Alguns exemplos são a dinâmica entre a Mulher-Maravilha e Steve Trevor (Chris Diamantopoulos, de Alerta Vermelho) e até mesmo a presença da amazona em uma guerra mundial lembra seu primeiro filme.

Ainda com foco em Diana, algumas cenas de luta dela com outro herói parecem ser tiradas diretamente de Liga da Justiça: Ponto de Ignição (leia a crítica), que criou um universo compartilhado nas animações da Warner, inspirado pela saga Os Novos 52.

Ainda assim, obra oferece uma história divertida de se assistir e que consegue surpreender em certas partes, mesmo trazendo muito do que já vimos em outras adaptações para TV e cinema. Aliás, o traço dos personagens é outro ponto que pode agradar e muito os fãs de HQ. Principalmente da Era de Prata dos quadrinhos.

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