Morbius: erro conceitual mata filme do vampiro da Marvel

Morbius: erro conceitual mata filme do vampiro da Marvel

Nem crucifixo, alho ou água benta. Morbius, o filme do Vampiro Vivo, chega morto aos cinemas por uma sequência de erros em sua concepção – sim, uma grande ironia. O longa, anunciado como expansão do universo em que habita Venom e algum Homem-Aranha, estreia nas telonas nesta quinta-feira (31) descaracterizado por atrações vistas nos trailers, contando a história de um anti-herói que literalmente vive o contraste entre médico e monstro.

Dirigido por Daniel Espinosa (Vida), o título apresenta ao público o bioquímico Dr. Michael Morbius (Jared Leto, de Liga da Justiça de Zack Snyder), que vem a vida toda tentando curar-se de uma doença rara no sangue. Enxergando em morcegos vampiros a possível solução para sua condição, Morbius funde seu DNA ao do animal que se alimenta de sangue, sem esperar pelo pior dos resultados: se tornar uma criatura com superpoderes e sede insaciável.

Ao seu redor, Morbius tem a Dra. Martine Bancroft (Adria Arjona, de Emerald City), que também atua na fundação de pesquisas Horizonte, Milo (Matt Smith, de Doctor Who), amigo de infância e também vítima de uma grave enfermidade, e Emil Nichols (Jared Harris, de Carnival Row), líder da ala médica em que Morbius e Milo cresceram.

Peçam que não encaixam

O roteiro de Matt Sazama e Burk Sharpless (que curiosamente assinam Drácula: A História Nunca Contada) funciona como uma história de origem para um personagem bastante interessante dos quadrinhos do Homem-Aranha. Porém, apesar de alguns minutos de bom desenvolvimento do protagonista, o enredo é falho em tornar Martine seu interesse amoroso (nehuma química é construída) e ainda pior em transformar Milo no antagonista (carece de motivação).

Sem qualquer originalidade, a produção logo cai em um duelo de iguais – comum para o gênero de filmes de super-heróis –, sem entregar uma trama de ficção científica bem elaborada (uma vez que este é o cenário de Morbius – não o sobrenatural) nem momentos dignos de terror. Dessa forma, restam as cenas de ação, que acabam prejudicadas por um efeito estranho de fumaça que simboliza tanto o radar sônico de Morbius quanto sua velocidade.

Para encerrar, Morbius conta com 2 cenas pós-créditos que tentam refletir os desdobramentos de Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa, sem seguir qualquer coerência com o conceito de multiverso visto na terceira aventura do aracnídeo. De positivo, apenas a impressão de que algum Homem-Aranha pode encarar o Sexteto Sinistro num projeto futuro.

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