Link Perdido: animação reforça importância da amizade

Qual é o seu lugar no mundo? Junto aos seus semelhantes? Isolado de tudo e todos? Ou, quem sabe, com os amigos que você escolheu?! Este é o dilema de Mr. Link (personagem dublado por Zach Galifianakis, de Se Beber, Não Case!) na nova animação da Laika – o estúdio responsável por Kubo e as Cordas Mágicas (2016) e Coraline e o Mundo Secreto (2009). Sob a direção de Chris Butler (ParaNorman), a produção, que estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (07/11), explora os diferentes tipos de elo que conectam a humanidade.

No roteiro também assinado por Butler, Mr. Link é uma criatura simpática e solitária, que, por causa disso, contrata o investigador de mitos Sir Lionel Frost (Hugh Jackman, de Logan), esperando que o homem o leve até o lendário vale de Shangri-La, onde poderá encontrar seu parente distante, conhecido como Pé Grande. Para isso, a dupla deve convencer a independente Adelina Fortnight (Zoe Saldana, de Guardiões da Galáxia) a se juntar à aventura, uma vez que a moça é a única pessoa detentora do mapa que leva ao misterioso reino da civilização ancestral.

Personagens muito diferentes se unem por um objetivo em Link Perdido. (Foto: Buena Vista)

O conflito se dá quando Lord Piggot-Dunceby (Stephen Fry, de 24 Horas: Viva um Novo Dia), líder da “Sociedade dos Grandes Homens” percebe que Lionel Frost está próximo de uma descoberta expressiva e tenta de tudo para impedi-lo, inclusive contratando o assassino Willard Stenk (Timothy Olyphant, de Santa Clarita Diet). Além dessa evidente inveja pelo sucesso alheio, o antagonista deseja evitar o progresso da parceria entre homem e os seres míticos, prendendo-se ao passado e à falsa sensação de soberania de nossa espécie.

Lançado aqui sem alarde pela Buena Vista International, Link Perdido (Missing Link, EUA, 2019) não apresenta a mesma qualidade e criatividade das demais obras da Laika, mas entrega uma divertida e carismática narrativa sobre aceitação de diferenças e união entre os mais distintos indivíduos – afinal, o que falta de traquejo social para Mr. Link, sobre em desvios de caráter a Lionel Frost, embora nada disso lhes impeça desenvolver uma bela amizade. Sim, a mensagem do filme é muito válida e necessária nos dias de hoje!

Destaque para a canção original Do-Dilly-Do (A Friend Like You), de Walter Martin – ouça.

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