Encerrando a linha de adaptações dos quadrinhos de Os Novos 52, Justice League Dark: Apokolips War chega com a missão de dar fim ao Universo Animado DC, construído após o lançamento de Liga da Justiça: Ponto de Ignição. Dirigida por Matt Peters e Christina Sotta, a obra reúne a Liga da Justiça, Titãs, Liga da Justiça Sombria e o Esquadrão Suicida para uma batalha épica contra as forças de Darkseid, desdobrando os eventos de Liga da Justiça: Guerra.
No roteiro assinado por Mairghread Scott (quadrinista de Batgirl) e Ernie Altbacker (Batman: Silêncio), a Liga da Justiça e a Liga da Justiça Sombria se unem para conter a ameaça do déspota de Apokolips, sem saber que o antagonista estava preparado para derrotá-los. Dois anos depois, a Terra é regida por Darkseid (Tony Todd, de The Flash) e seus “paradooms” (parademônios com o DNA de Dommsday), que eliminaram de nossos super-heróis e subjugaram outros.
A trama gira em torno de John Constantine (Matt Ryan, de DC’s Legends of Tomorrow), que sobreviveu com a vergonha de ter fugido do combate, Superman (Jerry O’Connell, de Crossing Jordan), marcado por kryptonita líquida e, portanto, sem seus poderes, e Ravena (Taissa Farmiga, de American Horror Story), perturbada pelas constantes investidas de seu pai, o demônio Trigon (John DiMaggio, de (Des)encanto), para se libertar e assumir o controle de seu corpo.
Numa bem aproveitada 1h30 de duração, o longa da DC Comics acompanha uma tentativa desesperada do que restou da Liga da Justiça de salvar a Terra de Darkseid, que tem extraído o núcleo do planeta para abastecer Apokolips. Porém, no seu caminho, os protagonistas encontram Batman (Jason O’Mara, de Agents of S.H.I.E.L.D.), o estrategista do vilão após lavagem cerebral, e Lex Luthor (Rainn Wilson, de The Office), que parece ter mudado de lado para sobreviver.
Neste cenário totalmente desfavorável, a produção realiza um verdadeiro banho de sangue, executando personagens importantes sem a menor piedade e com extrema violência – podemos dizer que Vingadores: Guerra Infinita é fichinha perto disso. Diante de tanta tragédia, há grande inversão nos papéis, uma vez que o panteão da DC caiu e as lideranças de Lois Lane (Rebecca Romijn, de X-Men: O Filme) e Damian Wayne (Stuart Allan, de Bad Teacher) ascendem.
Sem dúvida, Justice League Dark: Apokolips War será um marco no departamento de animações da DC e funciona como uma primorosa conclusão para este universo animado – já renovado para novos filmes –, tendo como pontos positivos o fator surpresa (não dá para prever nadinha!) e momentos para lá de chocantes!