Prometendo adaptar o segundo livro da saga Fronteiras do Universo – isto é, A Faca Sutil –, a série His Dark Materials estreia nesta segunda-feira (16/11), às 23h, na HBO Brasil. Em seu retorno, a produção desenvolvida pela BBC aproveita a mitologia e conflitos estabelecidos durante sua primeira temporada para se aprofundar mais nas personalidades dos protagonistas e antagonistas. Pelo menos em seu início, o episódio intitulado “The City of Magpies”.
Sob o comando do showrunner Jack Thorne (roteirista de Enola Holmes), a atração se concentra no encontro de Lyra (Dafne Keen, de Logan) e Will (Amir Wilson, de Carta ao Rei), em um mundo que fica possivelmente entre aqueles dos quais cada um acabou partindo. Nesse lugar misterioso, a dupla logo descobre que os adultos têm sido atacados por espectros, o que deixou a cidade povoada apenas por crianças que saqueiam todo o comércio local.
Aqui, apesar de algumas implicâncias e desconfianças, a menina decide se juntar ao jovem para explorar a metrópole aparentemente amaldiçoada. E, diferente da temporada anterior, o humor é um recurso usado nos diálogos de Lyra com seu daemon, pois Pantalaimon tende a contrariar e questionar as decisões da garota. As diferenças entre um prato de omelete nos mundos de Lyra e Will também descontraem o clima, que fica sinistro com os espectros ao anoitecer.
No outro núcleo destacado pelo capítulo dirigido por Jamie Childs (Doctor Who), temos Mrs Coulter (Ruth Wilson, de The Affair: Infidelidade) manipulando o Magistério para assumir sua liderança nas investigações pelo paradeiro de Lyra. Enquanto a protagonista tem sua teimosia e lado risonho exaltados, a antagonista tem seu ápice ao torturar a bruxa Serafina Pekkala (Ruta Gedmintas, de The Strain: Noite Absoluta) demonstrando extrema crueldade.
Para finalizar, à medida que fica fascinado por saber que existe uma realidade em que pessoas são ligadas a animais espirituais, Will demonstra curiosidade e foco para continuar procurando pistas sobre o destino de seu pai, John Parry – interpretado por Andrew Scott (Fleabag).
E isso é tudo que precisamos para sentir que His Dark Materials deve manter o padrão de qualidade do ano anterior!