O Multiverso é o tema da nova saga da Marvel Studios nos cinemas. No streaming, é a razão de What If…? existir.
A segunda temporada da série animada chegou ao Disney+ e, desta vez, sem episódios semanais. Como um grande especial de fim de ano, a produção teve seus nove capítulos disponibilizados no catálogo diariamente, de 22 a 30 de dezembro.
Novamente narrada por Uatu, o Vigia, na voz de Jeffrey Wright (Westworld), a atração tem direção do produtor executivo Bryan Andrews e AC Bradley como principal roteirista.
Destaques isolados
Essencialmente uma antologia, “What If…?” não se preocupa em conectar o enredo de um episódio a outro. No entanto, a maior parte dos capítulos tem sua narrativa partindo dos eventos de um longa do MCU. Dessa forma, separadamente, se destaca o episódio 2, em que Peter Quill (Mace Montgomery Miskel) é levado a seu pai, Ego (Kurt Russell), ainda criança e usado para atacar a Terra. A trama se passa em 1988, então os heróis da época são outros.
O Hank Pym (Michael Douglas) é o Homem-Formiga, enquanto o Rei T’Chaka (Atandwa Kani) é o Pantera Negra, por exemplo.
O terceiro episódio, por sua vez, funciona ao melhor estilo “Duro de Matar”, com Happy Hogan (Jon Favreau) tendo que defender a Torre dos Vingadores da invasão de Justin Hammer (Sam Rockwell). Se você é fã de ação, são servidas diversão e nostalgia.
Por fim, o quarto capítulo nos faz matar a saudade de Tony Stark (Mick Wingert). O roteiro parte do final do primeiro filme dos Vingadores e coloca Stark no planeta Sakaar, assim como Hulk em Thor: Ragnarok (2017). Vendo as condições do mundo dominado pelo Grão-Mestre (Jeff Goldblum), o Homem de Ferro decide intervir – mostrando que não precisa de sua fortuna para ser um herói. A genialidade do episódio está na forma como o confronto é travado: uma corrida de bigas.
Donas da temporada
A 2ª temporada de “What If…?” também tem um arco interligado, conduzido por Capitã Carter (Peggy Carter). Assim, ela marca presença entre os heróis que salvam Quill e retorna com Viúva Negra (Lake Bell) num combate à Sala Vermelha. A inspiração disso está em Capitão América 2: O Soldado Invernal (2014).
Além disso, ganha destaque a história de Kahhori (Devery Jacobs), a nova heroína da Marvel. Com origem indígena, a personagem é resultado da destruição do Tesseract (em uma realidade paralela), cujos poderes se concentram num lago que confere habilidades especiais e uma nova realidade a alguns indivíduos de sua tribo.
É necessário ressaltar também o sétimo capítulo, em que Hela (Cate Blanchett) tem de aprender a ter misericórdia em vivência com os Dez Anéis, organização criminosa vista no filme de Shang-Chi.
Os dois episódios que fecham o ano podem ser apontados como os melhores. Há uma adaptação do quadrinho Marvel 1602, de Neil Gaiman, que tem participação da Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen). Deste modo, a saga ruma a uma crise no Multiverso que desencadeia referências à temporada anterior ao destino de Loki, bem como o ressurgimento do ameaçador Doutor Estranho Supremo (Benedict Cumberbatch).
Ou seja, está imperdível!