Depois de uma poderosa primeira temporada, a série animada protagonizada pela Arlequina recebeu uma segunda temporada no serviço de streaming DC Universe, na qual mostrou possuir muitas cartas nas mangas. Em sua nova fase, o programa criado por Justin Halpern, Dean Lorey e Patrick Schumacker (responsáveis por iZombie e Powerless) investe na ascensão da chamada Liga da Injustiça e no romance entre a protagonista e sua amiga, Hera Venenosa.
Como em sua estreia, a animação retornou com 13 episódios, em que nós conhecemos uma “Nova Gotham”, inspirada nos gibis Cataclismo e sua sequência, Terra de Ninguém, após a batalha da Liga da Justiça contra Coringa e a Rainha das Fábulas. Sem a presença dos heróis, a cidade é dividida entre Pinguim (Wayne Knight, de Seinfeld), Charada (Jim Rash, de Community), Senhor Frio (Alfred Molina, de Homem-Aranha 2) e Bane (James Adomian, de Duncanville).
A guerra de Harley Quinn (Kaley Cuoco, de The Big Bang Theory) contra o time de antagonistas se desenvolve ao longo de sete capítulos e termina entregando a trama central do segundo arco da temporada: o envolvimento amoroso entre Arlequina e Pamela Isley (Lake Bell, de Childrens Hospital), a Hera Venenosa. Muito próximas nos quadrinhos, as duas lidam com as mudanças que o relacionamento LGBT causará em suas vidas, uma vez que Hera está noiva.
Enquanto vão negando as aparências e disfarçando as evidências, Harley e Hera seguem caminhos opostos, o que serve para dar profundidade às suas histórias e explorar diferentes elementos do universo da DC Comics. Arlequina decide reinar sobre Gotham fazendo um pacto com ninguém menos que Darkseid (Michael Ironside, de O Alienista), à medida que Hera Venenosa avança nos planos de casamento com Homem-Pipa (Matt Oberg, de Hart of Dixie).
Nesse meio-tempo, a produção aproveita para se aprofundar na equipe de Harley, composta por Sy Borgman (Jason Alexander, de Uma Linda Mulher), Tubarão-Rei (Ron Funches, de Os Impegáveis), Doutor Psycho (Tony Hale, de Arrested Development) e Cara-de-Barro (Alan Tudyk, de Doom Patrol). No entanto, em uma temporada feminina, o destaque é a introdução de Batgirl (Briana Cuoco, de O Mentalista) e Mulher-Gato (Sanaa Lathan, de Alien vs. Predador)!
Entre doses de insanidade, humor ácido e violência extrema, a animação dedicada ao público adulto acerta ao trabalhar discurso sobre diversidade e autoaceitação, assunto mais do que necessário em tempos como este e válido para uma série que combate comportamentos tóxicos desde seu lançamento.