Guardiões da Galáxia Vol. 3 entrega qualidade e emoção

Guardiões da Galáxia Vol. 3 entrega qualidade e emoção

Quando o assunto é Marvel, a saga dos Guardiões da Galáxia tem brilho e ritmo diferentes. Por isso, recebi com grande entusiasmo o convite para assistir ao terceiro longa da franquia na chamada cabine de imprensa – sessão destinada à mídia especializada. Afinal, além de ser mais um filme dos heróis cósmicos, o título que prosseguiu sob a direção de James Gunn prometia uma grande despedida. E, de certa forma, é isso que Guardiões da Galáxia Vol. 3 entrega aos fãs com sua estreia hoje (4) nos cinemas.

O longa vem na sequência do Especial de Festas – e, caso você não tenha assistido, corre o risco de receber spoilers a partir daqui. Ou seja, na trama, já é sabido que Peter Quill (Chris Pratt), o Senhor das Estrelas, e Mantis (Pom Klementieff) são irmãos por parte de pai. Também temos os heróis com uma base fixa em Luganenhum, o que garante participação de Cosmo (Maria Bakalova), a cachorrinha telepata. É um cenário e uma dinâmica diferente vista após Vingadores: Ultimato (2019).

Além disso, claro, não podemos ignorar o elefante na sala: a Gamora (Zoe Saldana) desta linha do tempo morreu. Porém, existe uma versão sua mais jovem, retirada de uma linha do tempo em que ainda não fazia parte dos Guardiões. Saber disso faz com que Quill viva numa depressão aparentemente sem fim.

Era sobre você o tempo todo

O enredo, também assinado por Gunn, nos prega uma peça. Desta forma, a narrativa engrena quando Rocket (Bradley Cooper) é colocado em coma depois de um ataque de Adam Warlock (Will Poulter). Enquanto Quill lida com seu coração em pedaços, surge a missão de salvar a vida do amigo, o que ganha complicações. Isso acontece porque Rocket é considerado propriedade do Alto Evolucionário (Chukwudi Iwuji) e não pode ser tratado sem as informações que o vilão possui.

Essa reviravolta remete aos primeiros filmes, em que o guaxinim lamenta sobre sua origem diferente, que o torna tão único quanto solitário. Para fazer jus a essa carga emocional, a produção lança flashbacks desde Rocket filhote, seus primeiros momentos de destaque intelectual e a quebra de sua inocência. Aqui, duas coisas devem ser ditas: Guardiões da Galáxia Vol. 3 acerta no apelo emocional e se prepare para muitas lágrimas.

Poucas vezes se viu o desenvolvimento de um personagem ser tão bem executado quanto o que se vê sobre Rocket neste terceiro capítulo da saga dos Guardiões da Galáxia.

Promessa de uma nova Marvel

Na jornada dos heróis para salvar Rocket, notamos novidades. Para começar, Nebulosa (Karen Gillan) assume liderança técnica entre o grupo, enquanto Groot (Vin Diesel) retorna como os músculos. Tudo isso demonstra amadurecimento dos personagens, que em momento algum citam sua aparição em Thor: Amor e Trovão (2022).

Por sua vez, Drax (Dave Bautista) merece menção honrosa. Afinal, apesar de muitas vezes ser o alívio cômico e sentimentalmente nulo, o “destruidor” finalmente tem ressaltada sua bondade e a vocação paternal que lhe foi arrebatada.

Outro ponto de destaque é o antagonista. Enquanto Thanos agia como uma força implacável da natureza, o Alto Evolucionário se mostra um egomaníaco degenerado com complexo de deus. Sem remorso, ele cria sociedades inteiras através de experimentos científicos e as elimina caso julgue-as falhas. O vilão é conhecido e temido por toda a galáxia. Assim, nos deparamos com um nível de malevolência acima do que a Marvel vinha entregando – um acerto, porque deixa uma constante sensação de perigo.

Para terminar, temos a introdução de Adam Warlock. Falta profundidade em sua abordagem, mas é uma figura interessante que nos quadrinhos possui grande poder e atua como líder místico. Caso o Warlock dos cinemas trilhe este caminho, tem potencial de sobra para se tornar importante no MCU.

Curtiu a crítica? Agora saiba mais sobre as 2 cenas pós-créditos de Guardiões da Galáxia Vol. 3!

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