Águas passadas: “Aquaman 2” encerra o DCEU

Águas passadas: "Aquaman 2" encerra o DCEU
Warner Bros. Pictures

“O último que sair fecha a porta”, diz a expressão popular. Ao que se refere ao Universo Estendido DC (DCEU), a tarefa sobrou para o rei da Atlântida. Novamente dirigido por James Wan e estrelado por Jason Momoa, Aquaman 2: O Reino Perdido chegou aos cinemas brasileiros em 20 dezembro após atrasos, refilmagens e o anúncio de um novo universo compartilhado.

Somado ao encerramento do DCEU, o título sofreu com a greve dos atores neste ano – que reduziu as campanhas de divulgação. Além disso, a batalha judicial travada por Amber Heard contra seu ex-marido, Johnny Depp, tornou o ambiente ainda mais conturbado. Boatos apontam que a atriz que vive Mera teria seu papel diminuído no longa em razão da polêmica.

Pontuado o cenário que resultou no lançamento de “Aquaman 2”, vamos falar sobre o filme:

Herói em nova fase

Com 2h4, o título se passa a alguns anos do anterior. Agora, Arthur Curry (Momoa) tem um filho, Arthur Jr., com Mera.

Ele se divide entre a paternidade e o trono da Atlântida, além de atuar também como o super-herói Aquaman. A inspiração para isso está em seu pai, Tom (Temuera Morrison), que o criou sozinho enquanto trabalhava como faroleiro. Até aqui, é perceptível o quanto Mera participa menos das ações – e da vida do bebê.

Vilão tóxico

Para não perder tempo, “Aquaman 2: O Reino Perdido” aposta no mesmo vilão de antes. Deste modo, temos um David Kane (Yahya Abdul-Mateen II), vulgo Arraia Negra, empoderado pelo Tridente Negro. A posse do item lhe revela como obter mais poder para assim desestabilizar a Atlântida, graças à sabedoria de Kordax, o amaldiçoado rei de Necrus (o reino perdido).

Acontece que as dicas de Kordax realmente fazem de Arraia Negra um adversário à altura de Aquaman. Porém, sua fonte de poder, o oricalco, é altamente tóxica e acaba acelerando o aquecimento global. Esse impacto ambiental, em muito, é o que coloca o herói de novo no encalço de seu arquirrival.

O tema sustentabilidade é interessante, pouco usual neste gênero de filmes. Além de ressaltar a hipocrisia de Kordax (por contaminar o próprio ambiente), mostra como Kane (assim como qualquer humano da superfície) não vê problemas em poluir a natureza se isso o permite estar mais próximo de seu objetivo – que, no caso, é a vingança.

Picuinha de irmãos

A novidade está por conta do aliado que Aquaman procura para essa nova batalha: Orm (Patrick Wilson), o Mestre dos Mares. O estranhamento se dá pela relação que os dois irmãos têm – lembrando que Orm foi o vilão do primeiro filme da saga. Por isso, neste novo capítulo a redenção e o perdão dão o tom, o que cai muito bem. A dupla funciona, com destaque para as implicâncias típicas de irmãos.

Veredito

“Aquaman 2: O Reino Perdido” trabalha com conceitos interessantes, mas indica ter sido prejudicado por todas as instabilidades ao seu redor. Assim, a produção parece fazer pouco com o pouco que lhe foi disponibilizado. É melhor do que Flash (2023) e tem uma mitologia mais consolidada que Besouro Azul, só que dificilmente será lembrada por qualquer coisa.

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