O primeiro longa do The Flash foi anunciado em 2017, durante o painel da DC na San Diego Comic Con. Hoje, passados quase seis anos daquele dia, o filme do Velocista Escarlate está prestes a estrear nos cinemas. Com isso, uma das coisas que mais empolgou os fãs, foi a confirmação de que a famosa história “Flashpoint” seria adaptada.
Ainda assim, os anos foram passando, o DCEU mudou, lideranças caíram e novos problemas surgiram no horizonte DCnauta. Sendo assim, a produção, que apesar de ser bem divertida, precisou deixar de ser apenas uma boa história para se transformar em uma ponte entre o velho e problemático DCEU e o novo universo que James Gunn está construindo – coisa que não consegue fazer.
A história de Flash
Assim como nos quadrinhos, o básico do “Ponto de Ignição” (em tradução) continua lá. Após não conseguir salvar sua mãe, Barry Allen volta no tempo e impede a sua morte, criando uma linha do tempo prestes a ser destruída. Apesar de algumas mudanças com o material original, a história funciona e, apesar das polêmicas recentes, Ezra Miller desempenha um ótimo papel como Barry Allen (os dois que aparecem na trama). Sendo assim, a coisa começa a ficar problemática quando o filme precisa amarrar anos de escolhas erradas em 2h.
Desde o começo, ‘The Flash’ era o filme que prometia reiniciar os anos de más decisões da Warner Bros. Pictures com a DC para dar lugar ao futuro que a nova gestão de Gunn promete. O problema é que, ao tentar fazer isso, o título se perde em mais becos sem saída. Além disso, com exceção de Michael Keaton e Sasha Calle, que estão muito bem como Batman e Supergirl, as grandes surpresas do filme só estão lá para gerar fan services gratuitos.
Contudo, deixando bem claro, o problema não são as referências que o filme usa, mas sim a falta de objetividade delas.
DCEU: futuro após Flash
Parece que os fãs vão precisar esperar para ter respostas para o que virá a seguir depois da morte do antigo DCEU. Isso porque o filme não dá nenhuma pista do que virá a seguir. A história corre e corre mas não chega a lugar nenhum.
Falando de títulos independentes em seu universo, como Batman (2022) e Coringa (2019), a Warner Bros. se sobressai aos demais. Mas, em termos de um universo de filmes compartilhado, há muito o que se trabalhar.
Apesar de ‘The Flash’ ser um bom filme, com uma boa história, quem espera um festival de aparições especiais, pode acabar se decepcionando. Isso aliado ao fato de que a obra deixa um gosto de potencial desperdiçado.
Como a DC já fez algumas vezes, os ganchos que levariam a novos filmes não são usados como poderiam. Com isso, parece que os fãs vão precisar esperar um pouco mais.