Batman (2022): drama policial é obra-prima da DC

Batman (2022): drama policial é obra-prima da DC

Principal herói da DC e possivelmente o maior da cultura pop, o Cavaleiro das Trevas está de volta aos cinemas com Batman (The Batman, EUA, 2022) – que estreia na quinta-feira (3), mas já está disponível em pré-estreias especiais. Após um período turbulento para o personagem e seus intérpretes, a versão encarnada por Robert Pattinson (“A Saga Crepúsculo”) e dirigida por Matt Reeves (Planeta dos Macacos: A Guerra) vem para se tornar um clássico instantâneo.

A história, assinada por Reeves com o roteirista Peter Craig (Bad Boys Para Sempre), oferece ao público uma nova visão sobre a cidade de Gotham e seu Cruzado Encapuzado. Ainda mais “pés no chão” do que a concepção de Christopher Nolan, o título apresenta um Bruce Wayne (Pattinson) jovem, que atua há apenas 2 anos como vigilante. Porém, o surgimento de um assassino em série que lhe deixa enigmas intensifica e antecipa a ascensão de Batman.

A produção, distribuída pela Warner Bros. Pictures, mantém o tom sóbrio na construção de cada cena, usando como recursos a fotografia e a trilha sonora de Michael Giacchino. Dessa forma, a obra imprime uma atmosfera de drama policial comparável a Seven: Os Sete Crimes Capitais (1995). Ou seja, uma experiência que se aproxima bastante do que se espera de uma narrativa sobre o Batman, que nos quadrinhos é considerado “o maior detetive do mundo”.

Toc, toc

O serial killer em questão é Edward Nashton (Paul Dano, de Os Suspeitos), vulgo Charada. Ele vem caçando os envolvidos em um programa de renovação de áreas pobres da cidade, mas que na prática era controlado por um sistema de corrupção envolvendo políticos e a polícia. Pelo nível de crueldade com que ataca suas vítimas, Charada logo se torna prioridade para Jim Gordon (Jeffrey Wright, de Westworld), que ainda não alcançou o cargo de Comissário.

É diante dessa ameaça que se desenvolve a parceria entre Batman e Gordon, apesar de os dois já se conhecerem na trama e de o Bat-Sinal já ser usado pelo oficial para emergências. Como deu para perceber, no universo de Batman de Matt Reeves, não há muito espaço para histórias de origens. Então, o espectador já pega o enredo com as peças em movimento no conhecido tabuleiro que é Gotham City. Afinal, há títulos como Gotham para narrar as raízes da cidade.

Mundo louco

Sem o tom carnavalesco visto nos anos 1990, Batman utiliza seu apreço pela realidade como uma ferramenta de choque. A figura de Charada, como um psicopata que exibe crueldades online e arrebanha seguidores desvirtuando informações torna a ficção assustadoramente próxima da vida real. Uma cena em específico, na qual atiradores pegam uma multidão de surpresa, parece um alerta de que o mundo vem caminhando em uma direção perigosa.

Inspirado na linha de quadrinhos Terra Um – em que Batman é mais violento e seus vilões mais realistas –, o longa destaca a influência exercida pelo crime sobre a política e a segurança pública. Oswald Cobblepot (Colin Farrell, de True Detective), o Pinguim, tem papel importante, prometendo ganhar mais poder sobre a criminalidade local. Já Selina Kyle (Zoë Kravitz, de Alta Fidelidade), a Mulher-Gato, surge bissexual, e logo rouba o coração de Bruce Wayne.

Tantos traços realistas misturados com uma mitologia fantástica dão um sabor novo para o universo de Batman, mas também o tornam algo bastante crível. Com certeza esse é o mérito do filme – que parece trabalhar com suas sequências e desdobramentos já organizados.

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