Primeiras impressões: Inhumans é o épico da Marvel

Com seus dois primeiros episódios em exibição nas salas IMAX desde 31 de agosto, a série Marvel’s Inhumans promete ser um épico moderno estrelada pela Família Real de Attilan, composta por Raio Negro, Medusa, Maximus e companhia. Do showrunner Scott Buck (Punho de Ferro e Dexter), a atração coloca os personagens criados pela dupla de quadrinistas Stan Lee e Jack Kirby em 1965 numa saga de queda e ascensão situada nos dias hoje, trazendo discussões sobre questões sociais e políticas, além de cenas de grande impacto.

Na trama exibida nas partes 1 e 2, cuja direção é assinada por Roel Reiné (Black Sails), os habitantes da cidade lunar de Attilan estão prestes a ser descobertos pelos terráqueos e, para piorar, os recursos disponíveis para sustentar a comunidade estão próximos do fim. Diante de tal cenário, o rei Raio Negro (Anson Mount, de Hell on Wheels) secretamente começa a sondar a Terra e os Inumanos que despertaram – como visto em Marvel’s Agents of Shield –, uma vez que o contato interespécies parece inevitável.

Raio Negro parece demorar para enxergar Maximus como uma ameaça. (Foto: Marvel)

Porém, Triton (Mike Moh, de Kamen Rider: Dragon Knight), que fora enviado em missão ao planeta, é dado como morto, uma tragédia que inicia conspirações e expõe o descontentamento da população de Attilan com o seu governante. Deste modo, enquanto a rainha Medusa (Serinda Swan, de Os Fora da Lei) tenta apoiar o marido, Raio Negro, e o explosivo chefe da Guarda Real Gorgon (Eme Ikwuakor, de Extant) deseja vingança dos humanos, o irmão do rei, Maximus (Iwan Rheon, de Game of Thrones), aproveita para tomar o poder.

Em Inhumans, o personagem conhecido nos quadrinhos como “Maximus, o Louco” deixa a imagem de vilão insano para se tornar um opositor ao sistema de classes estabelecido em Attilan – no qual os mais poderosos ganham posições elevadas e os menos privilegiados são destinados a trabalhar na mineração. Conspirador e altamente invejoso (afinal, numa sociedade de superpoderosos, Maximus possui a habilidade de ser um humano), Maximus tenta colocar o povo contra seu líder, assim como roubar os bens mais preciosos de Raio Negro.

Maximus cobiça a rainha Medusa, esposa de seu irmão. (Foto: Marvel)

Num drama familiar, Raio Negro, Medusa, sua filha, a princesa Crystal (Isabelle Cornish, de Puberty Blues) – Cristalys, nas HQs do Brasil –, Gorgon e Karnak (Ken Leung, de Lost) são separados, e a maioria se vê exilada, sem suas virtudes e num ambiente hostil: a Terra. É neste ponto que a série acerta ao deslocar seus protagonistas a condições improváveis – Raio Negro, por exemplo, não pode falar, pois sua voz é capaz de causar grande destruição, mas precisa se comunicar com os terráqueos –, numa jornada que irá testar a força da família.

Partindo de Attilan, o programa explora a cultura e o modo de vida Inumanos, realizando um rápido tour pela a cidade estabelecida na Lua e pelos costumes de seus habitantes, no qual é possível ver a Cerimônia de Terrigênese, em que os jovens recebem poderes, e notar referências ao Conselho Genético e a aparição do ser teleportador chamado Eldrac. Nas belas paisagens do Havaí, é interessante observar como o grupo demonstra lealdade, amizade e amor e lida com problemas aos quais não estão acostumados, à medida que tenta se reerguer na retomada do trono.

Uma aposta diferente da Marvel, o seriado dos Inumanos sequer toca no conceito de “herói”, concentrando-se nas relações dos personagens como família e no posicionamento dos Inumanos como excluídos, talvez numa tentativa de suprir as ausências do Quarteto Fantástico e dos X-Men do universo Marvel. Primeira série filmada em IMAX, Marvel’s Inhumans investe em cenas grandiosas, com texturas detalhadas e a presença do cachorro teletransportador Dentinho – ou Lockjaw, nome original –, totalmente criado por computação gráfica.

Marvel’s Inhumans desperta curiosidade para seus próximos capítulos (devem ser 8 nesta primeira temporada).

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