X-Men ’97: entrevista com o dublador de Mancha Solar

X-Men '97: entrevista com o dublador de Mancha Solar

X-Men ’97 segue impressionando os fãs pela maturidade e tom dramático com que traz os mutantes de volta ao público. Entre esse sucesso, dois brasileiros se destacam: o primeiro é o personagem Roberto da Costa, vulgo Mancha Solar, enquanto o segundo é seu dublador original, Gui Agustini. Com carreira consolidada nos EUA, o ator já deixou sua marca no Brasil em projetos como os longas Solteira Quase Surtando e O Faixa Preta.

Agora, chegou sua vez de (literalmente) brilhar na produção lançada no Disney+. E nós tivemos a oportunidade de falar com o artista, filho de mãe argentina e pai peruano, que assume o papel do primeiro super-herói brasileiro da Marvel. Confira:

Papo exclusivo com Gui Agustini

BN: sobre X-Men ’97, qual a sua primeira reação ao saber que daria voz a um super-herói brasileiro?

GA: Fiquei em choque! (risos) A princípio, eu não entendi nada porque o e-mail do meu agente dizia “Parabéns Gui. Você vai ser um super-herói”. Eu não sabia que teste pra super-herói eu tinha feito. Não lembrava. E como nunca soube que meu teste era pro X-Men ’97, não entendi nada. Quando terminei de ler o e-mail com a oferta que dizia X-Men ’97… nossa, fiquei feliz demais. Não gritei porque estava ficando no apartamento de um amigo em Nova York e era cedo – e ele ainda estava dormindo!

BN: o que você achou mais interessante no personagem Mancha Solar?

GA: Nesta versão do X-Men ’97, o fato dele não ser tão arrogante e prepotente como nos quadrinhos. Ele demonstra muito mais insegurança e medo, o que o faz um tanto mais humilde e querido, na minha opinião. Talvez seja parte da arquitetura do personagem criada pelo Beau DeMayo, não sei. Mas achei interessante essa versão porque cria opções de onde levar o personagem do Roberto.

BN: a gente sabe que a Marvel mantém seus segredos a sete chaves. Como você fez para não dar spoilers? Tom Holland e Mark Ruffalo, por exemplo, são conhecidos por revelarem mais do que deveriam…

GA: (risos) Fiquei sabendo recentemente das histórias do Tom Holland. Pra mim, foi bem mais fácil porque até a estreia mesmo, eu não recebia nenhuma pergunta nem nada, então continuar mantendo sigilo não foi um problema. E levei isso muito a sério. Não queria criar a possibilidade de ser demitido (mais risos).

BN: na série, o personagem é muito próximo da Jubileu. Tem algum outro personagem com quem você ainda quer vê-lo interagindo mais?

GA: Agora que já saiu o episódio 4, posso dizer que está bem claro o romance dos dois. E agora que saiu o episódio 6, que eu não tinha a mínima ideia de como seria porque nunca recebi o roteiro desse episódio, e vimos a participação de Rapina, gostaria de ver uma interação entre eles já que uma das minhas cenas favoritas dos quadrinhos é entre eles dois. Não precisa ser de romance como nos quadrinhos, mas algo pelo menos.

BN: como foi sua experiência trabalhando com Beau DeMayo? Afinal, essa nova criação dele não só vem sendo elogiada, como impressiona semana após semana.

GA: Fantástica. Beau é genial e foi maravilhoso trabalhar com ele nas oportunidades que tive. No meu primeiro dia de gravação, escutar ele me dizer que o personagem era meu e que eles estavam ali pra me apoiar foi uma sensação incrível e que fez toda a diferença.

BN: você vem conquistando papéis na TV e se juntou ao brasileiro Henry Zaga na interpretação do Mancha Solar. Como avalia sua ascensão e as oportunidades para brasileiros na produção de entretenimento norte-americana?

GA: Estou contente demais com o ano maravilhoso que tenho tido. Gravei um dos meus melhores curtas-metragens no começo do ano que também dirigi, logo interpretei um jogador de tênis profissional em um episódio da nova série da CBS chamada Elsbeth, e agora o boom da série do X-Men ’97.

Sou muito grato e me sinto muito abençoado. Espero que mais e maiores oportunidades sigam aparecendo e minha carreira siga em ascensão.

Acho que as portas pros talentos brasileiros estão mais abertas do que nunca. Desde o nosso grande Rodrigo Santoro, hoje temos Wagner Moura, Henry Zaga, Bruna Marquezine, agora Gabriel Leone, entre outros, em papéis grandes e de destaque em produções incríveis de Hollywood. E tenho muito orgulho de fazer parte desse grupo fantástico de atores em representar o imenso e talentoso país.

BN: por fim, o que os X-Men representam para você?

GA: Eles representam a luta pela igualdade, pela aceitação e pelo respeito entre todos que vivemos no mesmo universo. Mas além disso, pra mim, eles representam alegria, comunidade e paixão!

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