Viola Davis: “A Mulher Rei não é ação, é drama histórico”

Viola Davis: “A Mulher Rei não é ação, é drama histórico”

Estrelado por Viola Davis, atriz vencedora do Oscar, o longa A Mulher Rei (The Woman King, EUA/Canadá, 2022) é a principal estreia dos cinemas nesta semana. O filme aborda a história da Agojie, unidade de guerreiras composta por mulheres que protegiam o reino africano de Daomé nos anos 1800. A direção é assinada por Gina Prince-Bythewood (A Vida Secreta das Abelhas), com roteiro creditado a Maria Bello (NCIS) e Dana Stevens (Paternidade).

Com 2h15 de duração e elenco majoritariamente negro – há 1 ator branco com papel relevante –, a obra narra a ascensão de Nanisca (Davis), general Agojie, ao posto de maior chefe da nação, como o título antecipa. Na trama, Daomé é acuada pelo reino vizinho, tendo que negociar prisioneiros como escravos. Nanisca não concorda com isso, e busca apoio do Rei Ghezo (John Boyega, de Star Wars: O Despertar da Força) para libertar seu povo e país.

A força de Nanisca inspira e contagia guerreiras mais experientes, como Izogie (Lashana Lynch, de 007: Sem Tempo Para Morrer) – cotada como próxima general –, até as mais jovens, o que é o caso de Nawi (Thuso Mbedu, de The Underground Railroad: Os Caminhos para a Liberdade) – entregue às Agojie por seu pai, depois de recusar um casamento arranjado.

Fortalecendo o movimento

Lançamento da Sony Pictures, A Mulher Rei contou com um evento todo especial de divulgação no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, para receber Viola Davis. A atriz se mostrou bastante empolgada pelo filme que valoriza e empodera a mulher preta nas telonas. “É a alegria da minha vida”, disse, relembrando os muitos anos tentando se encaixar em papéis estereotipados. “Me senti humanizada, por isso aceitei esse papel”, completou.

De acordo com Davis, mesmo com as cenas de lutas e treinamento físico que este trabalho exigiu, a produção não pode ser classificada como “filme de ação”. “Chamar de ‘ação’ é reduzir o filme, porque se trata de um drama histórico”, afirmou. Afinal, conforme a artista, o título explora a tragédia da escravidão – em específico para o Brasil –, bem como coloca os holofotes sobre as Agojie, que foram quase apagadas da história mundial.

Para fechar, Davis declarou: “coloque seu dinheiro em filmes com pessoas como nós. Caso contrário, esses filmes não serão feitos. Então, como público, coloque dinheiro em filmes sobre nós e sempre estaremos juntos com as inúmeras super-heroínas brancas”.

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