Vingadores abraçam tokusatsu em “Justiça de Ferro”

Carlos Bazela
Vingadores abraçam o tokusatsu em “Justiça de Ferro”

Ver a habilidade da equipe criativa para tirar da mesmice nossos heróis favoritos é sempre divertido, principalmente nos quadrinhos. Esse é um objetivo atingido com sucesso pelo roteiro de Jim Zub e a arte de Jeffrey “Chamba” Cruz em Vingadores: Justiça de Ferro, edição especial publicada pela Panini.

Na história, Capitão América, Pantera Negra, Homem de Ferro, Capitã Marvel, Wolverine e Homem-Aranha estão se recuperando de uma devastadora batalha contra Thanos, na qual ele saiu derrotado e as Joias do Infinito foram destruídas.

É então que surge o Caveira Vermelha munido de um novo tipo de poder. De algum modo, ele conseguiu reunir resquícios das Joias e está conseguindo canalizar seu poder cósmico. Não bastasse isso, o chefão da Hydra ainda é capaz de transformar humanos comuns em criaturas “Orochi”, isto é, monstros sem consciência que respondem aos seus comandos.

E se tudo parece não ter como piorar, o vilão usa as Joias para remover os poderes dos Vingadores. Reduzidos a humanos normais, eles acabam recorrendo à genialidade de Tony Stark, que projeta armaduras especiais, capazes de emular suas habilidades perdidas. A partir daí, os novos Vingadores de Ferro precisam ir ao Japão para impedir os planos do Caveira Vermelha.

Influência oriental

A arte de Chamba é um dos pontos fortes de Justiça de Ferro. Seu traço puxado para o mangá combina com a pegada tokusatsu da narrativa, que traz heróis de armadura lutando no Japão, como se fosse uma evolução de seriados de “Metal Heroes” que fizeram sucesso na década de 1990, como Jaspion, Jiban, Winspector e Solbrain.

E, como estamos falando de Stark, a presença de upgrades constantes também remete aos programas japoneses, quando um novo equipamento ou armadura surge para ajudar os heróis a superar algum novo desafio.

Parceria com a Bandai

Tal qual uma boa série de tokusatsu, Justiça de Ferro, que saiu lá fora em formato de minissérie, também foi feita sob medida para vender action figures. Nesse caso, os Avengers Tech – On, que fazem parte da linha S.H. Figuarts, produzida pela Bandai.

Porém, mesmo com o objetivo totalmente comercial por trás, a história dos Vingadores é divertida, tem substância e traz elementos bem explorados, como a desconfiança do grupo com o Tony pelo projeto dos trajes e a inteligência de Shuri (irmã de T’Challa) que, em muitos pontos, supera a do Homem de Ferro.

Fora isso, todo o começo da HQ ainda oferece um link bem-vindo com Vingadores: Ultimato, que faz boa introdução na trama até para leitores que estejam acostumados com a Marvel nos cinemas, mas que começam a descobrir os gibis da editora.

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