Ultraman mantém essência japonesa em HQ da Marvel

Carlos Bazela
Ultraman mantém essência japonesa em HQ da Marvel

Como atualizar um ícone japonês no ocidente e manter sua essência? A Marvel matou a charada em A Ascensão de Ultraman, HQ publicada aqui pela Panini, que inicia uma uma nova história para uma das mais famosas franquias de tokusatsu do mundo.

Na obra, escrita por Kyle Higgins e Matt Groom, com desenhos de Francesco Manna e cores de Espen Grundentjern, acompanhamos a cadetee Kiki Fuji, que faz parte do braço japonês da Patrulha Científica Unida, organização secreta de atuação global, que reúne cientistas e soldados com um objetivo: neutralizar a ameaça dos Kaiju, os monstros de outra dimensão que têm surgido há décadas, mas sem deixar que a população saiba da existência do perigo.

Tudo muda, entretanto, quando Shin Hayata se envolve no conflito. O amigo de Kiki, e pleiteante a funcionário da Patrulha, encontra ela e seu superior, o Capitão Muramatsu em uma situação singular: uma nave em formato de meteoro, contendo um ser estranho, é interceptada, relembrando um incidente de 60 anos atrás, com o piloto Dan Moroboshi, da Patrulha Científica.

Pego no ataque à criatura de luz, Hayata acaba estabelecendo uma conexão com o alienígena, da espécie conhecida como Ultra. Agora, o rapaz precisa usar os poderes concedidos pela simbiose com o alien para livrar a Terra de uma crise Kaiju sem precedentes. Mas, quando as coisas parecem ficar simples, surgem novos mistérios envolvendo os monstros, os aliens e os homens do alto escalão da Patrulha. Um amontoado de segredos que pode custar a vida de todos no planeta.

Raízes tokusatsu

Diferente da proposta pé no chão do mangá criado por Eiichi Shimizu e Tomohiro Shimoguchi (saiba mais), adaptado em de anime para a Netflix (leia o review), a aventura de Ultraman na Marvel traz elementos clássicos dos tokusatsu, como o fato dos Kaiju serem atraídos ao mundo pela energia negativa das pessoas e a forma gigante, pela qual o herói ficou conhecido.

Além disso, a aventura apresenta uma certa atmosfera de inocência, que sempre esteve presente nos tokus, segurando a mão numa violência mais gráfica nas batalhas contra os monstros. Outro ponto que destaca o quadrinho é a presença exclusiva de personagens com traços e nomes japoneses, mostrando que os autores queriam algo próximo do original, sem criar um “remake estadunidense” do herói.

E se tudo isso não for suficiente para fazer os fãs colocarem esse primeiro volume em um lugar especial da coleção, o encadernado traz ainda uma matéria especial sobre Eiji Tsuburaya, criador do Ultraman e “pai” do gênero tokusatsu.

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