Ultraman: mangá tem tudo para trazer novos fãs ao ícone japonês

Carlos Bazela
Ultraman: mangá tem tudo para trazer novos fãs ao ícone japonês

Ultraman é um dos personagens mais populares do Japão. Com diversas versões em tokusatsu ao longo dos anos, o personagem vem seguindo sua trajetória de sucesso com uma mesma fórmula: diferenças visuais, mudanças na história, mas a mesma premissa: o herói que livra a terra de alienígenas invasores gigantes.

Mas isso até 2011, com o lançamento do mangá, criado por Eiichi Shimizu e Tomohiro Shimoguchi. Continuação direta da série original, de 1966 a nova trama ainda acha espaço para revolucionar o estilo ao trazer um herói de armadura ao invés do clássico personagem de colante com proporções gigantes.

Na história, acompanhamos Shinjiro Hayata, um garoto do colegial que, em uma noite descobre mais da sua vida do que poderia imaginar: os alienígenas que atacaram a Terra décadas atrás não foram embora, fizeram do planeta um lar e alguns deles são hostis e extremamente poderosos.

Para completar, seu pai, Shin Hayata, era o homem responsável por colocar os aliens na linha antigamente: como Ultraman. E, embora não possa mais aumentar sua estatura, Hayata ganhou força e resistência amplificados por uma armadura especial criada pela Patrulha Científica, como presente da entidade com a qual dividiu o corpo.

Mas, como a primeira batalha do herói com o alienígena Bemular deixa claro, Hayata não tem mais condições de seguir na luta. Assim, ainda que tenha herdado os poderdes do pai, será que Shinjiro tem o que é preciso para vestir a armadura e ser o Ultraman que os novos tempos precisam?

De tudo um pouco

Ao longo de 12 volumes, o mangá, que segue em publicação no Brasil pela JBC e deve terminar no décimo quinto, começa com batalhas insanas e focado na relação entre pai filho, enquanto eles tentam, juntos, processar a importância do Ultraman em suas vidas. Contudo, a história não fica nisso, há espaço para romance adolescente, com Shinjiro e seu interesse na jovem cantora Rena Sayama, que por sua vez é admiradora do Ultraman.

E ainda sobra espaço para reinventar outros ícones da família Ultra, como Ultraman Jack, Ultraseven e Ultraman Tarô. Um prato cheio para quem já é fã da franquia e ideal para alcançar novos admiradores, que não precisam de um histórico prévio para acompanhar e curtir os personagens. Principalmente para quem viu o anime da Netflix (leia nossa crítica), feito com base nesse mangá, e quer saber como a história continua.

Outro acerto do mangá é oscilar entre o simples e o complexo. Há personagens enigmáticos que ajudam ao leitor a criar teorias ao passo que alguns vilões são apenas poços de maldade absurda. Daqueles que você se diverte ao ver os heróis darem cabo. Soma-se a isso a trama policial, que reúne esforço conjunto entre a polícia de Tóquio e a Patrulha Científica para desvendar quais são os planos reais dos alienígenas e descobrir se nosso planeta corre ou não perigo. Aliás, mudando o perfil habitual, o mangá também traz Nova York e Hong Kong como campo de batalha, mostrando que não é só o Japão que está na mira dos extraterrestres.

Ultraman, portanto, é o tipo de leitura que não cansa e desperta curiosidade entre um volume e outro, trazendo tudo que é preciso para que o personagem ganhe mais o mundo.

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