Transformers: O Reino mistura elementos para fechar trilogia

Carlos Bazela
Transformers: O Reino mistura elementos para fechar trilogia

Continuação direta do capítulo O Nascer da Terra (veja nossa crítica), a última parte da trilogia War for Cybertron, intitulada O Reino, chegou à Netflix no final de julho para fechar a história dos Transformers no streaming. Ou, pelo menos, parte dela.

Depois do incidente que jogou Autobots e Decepticons em uma versão primitiva do nosso planeta, cabe agora a Optimus Prime e sua trupe impedir que Megatron, em posse da Matriz de Liderança dos Prime, consiga encontrar o artefato de energia Allspark e levá-lo de volta a Cybertron para reformatar o planeta da forma que achar melhor.

Entretanto, um estranho encontro pode colocar tudo a perder: ao cair aqui, os Autobots encontram com um grupo agressivo de animais nativos, que acabam se revelando os Maximals, descendentes Transformers liderados por Optimus Primal. Sim, sair do Universo Morto não só deixou os robôs mais longe de Cybertron, como os jogou uma geração no futuro.

Os grupos, então unem forças contra seus rivais, mas do lado de lá, os Decepticons também firmaram uma aliança com seus sucessores, os Predacons, liderados por seu próprio Megatron. Para completar, a incursão dos dois grupos rivais pelo Universo Morto parece não ter feito muito bem para o líder dos Decepticons, que tenta decifrar as mensagens gravadas pelo misterioso Galvatron em um disco dourado.

Todos os acontecimentos dessa nova temporada levam a algumas respostas, mas, principalmente, mais perguntas, como Cybertron poderá ser salvo? Por quem? E, principalmente, o que é Unicron?

A nostalgia de Beast Wars

Se tem um ponto onde a trilogia War for Cybertron acerta é na nostalgia. Com Megatron, Prime, Starscream, Arcee e tantos outros seguindo visuais derivados da primeira geração, que foi sensação nos anos 1980, Reino consegue fisgar quem foi criança na década seguinte e assistia os robôs se transformarem em animais, enquanto duelavam em uma Terra que via os primeiros passos da raça humana. Tudo em uma animação feita no melhor que a computação gráfica conseguia na época.

Ainda que em contexto um pouco diferente do que vimos na série Beast Wars, os personagens que compõem os Maximals e os Predacons estão fiéis às suas essências. Só com exceção ao Megatron-Tiranossauro, que parece confortável demais em servir o original. Mas, de qualquer modo, integrar os grupos no universo principal dos Transformers acabou não precisando de muito esforço para funcionar.

No mais, O Reino fecha a história de War for Cybertron de maneira digna, ao passo em que prepara terreno para a chegada de ameaças maiores, literalmente. O que nos resta, entretanto, é esperar que a Netflix volte a explorar esse universo em algum momento. Entregando entretenimento para os fãs mais velhos dos Transformers, enquanto ajuda a Hasbro a encher os cofres com uma nova coleção de brinquedos, claro.

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