Produções chinesas como O Tigre e o Dragão (2000) e O Clã das Adagas Voadoras (2004), ou até as animações Din e o Dragão Genial (2021) e A Caminho da Lua (2020), vêm chegando ao público brasileiro, seja pelo cinema ou streaming. Como parte desse movimento, temos a estreia de Shadow, do diretor Yimou Zhang (Herói e A Grande Muralha), nesta quinta-feira (12). O longa ganhou destaque após exibição no 75º Festival Internacional de Cinema de Veneza em 2018.
Ambientado na China durante o período dos Três Reinos (220-280 D.C.), o filme de ação e fantasia conta a história de homens chamados de “sombra”, que substituíam os reais e aristocratas em tempos de perigo, estando dispostos a sacrificar suas vidas para que seus mestres pudessem viver. Em especial, a narrativa se concentra em Jing (Chao Deng, de Assassino em Série), treinado para ser a sombra de um velho comandante, que vem conspirando para uma guerra.
No longa, que tem 1h56 de duração, a história adaptada pelos roteiristas Wei Li (estreante) e Sujin Zhu (A Maldição da Flor Dourada) com base no livro Three Kingdoms: Jingzhou, de Sujin Zhu, tem como alvos o Rei de Pei (Ryan Zheng, de Liga da Justiça de Zack Snyder) e o exército da família Yang.
Cuidadosamente construído
Diferente dos blockbusters ocidentais que nos acostumamos a assistir, Shadow é uma obra de beleza rara, que utiliza sua fotografia, cenários, figurinos e os nomes de seus personagens para mostrar ao telespectador um jogo entre luz e sombras. É claro que os protagonistas também assumem papéis para cada lado, navegando entre extremos quando diante de dilemas morais e, por fim, encontrando lugar naquilo que podemos classificar como “área cinzenta”.
Outro mérito da produção é seu enredo, que desabrocha perante os olhos do público, que aos poucos vai entendendo tudo que está em disputa, à medida que se surpreende por algumas chocantes reviravoltas.
No Brasil, Shadow é um lançamento da PlayArte Pictures.