Já disponíveis na Netflix, os cinco episódios que compõem a parte 2 de Mestres do Universo: Salvando Eternia (saiba mais) trazem o desfecho da disputa entre um recém-ressuscitado Príncipe Adam, sem acesso à sua força máxima e um todo-poderoso esqueleto, em posse da Espada de Grayskull e com todo o reino de Eternia a seus pés.
Agora, cabe ao jovem monarca e seus pais, com o apoio de Teela, Andra e Mentor, colocar um fim nos planos megalomaníacos do vilão, ainda que estejam totalmente em desvantagem. Porém, nem tudo vai como se espera nos domínios do Esqueleto e Maligna parece ter seus próprios planos para todo o poder que o castelo pode acessar.
Afinal, com diversos planetas prestes a se alinhar tendo Eternia no centro, o Poder nunca esteve numa quantidade tão grande para ser controlada por um único ser. Inclusive se ele desejasse riscar toda e qualquer vida que existe ou já existiu. Será esse o plano final do Esqueleto?
Para completar, revelações impressionantes sobre o passado de Teela prometem fazer da batalha pelo destino do universo algo ainda maior do que se imagina.
Mais sangue e mais peso
Logo de cara, o que mais impressiona na 2ª parte de Mestres do Universo: Salvando Eternia é o teor mais violento em comparação com o arco anterior. Mesmo com cenas impactantes, como a “morte” de He-Man pelas mãos do Esqueleto, os novos episódios fazem jus a um bom épico medieval com uma quantidade maior de sangue derramado.
Fora cenas mais gráficas, há passagens mais pesadas na trama, como quando Maligna relembra seu passado e conta do dia no qual escapou de seus pais que, sem ter o que comer em casa, se preparavam para devorar a própria filha. Crescida nas ruas e vivendo de pequenos furtos, a garota somente virou quem é hoje ao se unir ao Esqueleto. Mas viver ao lado de seu “benfeitor” se revelou uma mudança de vida na qual ela saiu das mãos da pobreza para cair nas garras de diversas formas de abuso.
A criação desse contexto mais adulto é bem-vinda não só para validar as ações da personagem, mas deixam mais claras as intenções do escritor e produtor Kevin Smith em mostrar que o intuito da série é não só dar sequência ao desenho clássico, mas contar muito do que o público não sabia. O que inclui a conexão de Teela com outra personagem da trama.
Só o começo
O final desse primeiro arco de Mestres do Universo: Salvando Eternia é, de certa forma, previsível, mas coerente com as aventuras clássicas de He-Man, onde sempre havia um conselho sobre fazer a coisa certa para ser passado ao espectador. Entretanto, os surpreendentes minutos finais mostram que a Netflix tem muito a aproveitar desses personagens e pode trazer de volta mais heróis desse reino mágico. E, principalmente, uma certa heroína.