Quatro anos após os eventos do primeiro filme, O Telefone Preto 2 marca o retorno do diretor Scott Derrickson ao universo sombrio criado ao lado de C. Robert Cargill.
A sequência se passa em um novo cenário — o acampamento de inverno Alpine Lake — e reencontra Finney (Mason Thames), agora com 17 anos, ainda assombrado pelos traumas deixados pelo vilão Sequestrador, interpretado novamente por Ethan Hawke. O ambiente gélido e isolado reforça o clima de suspense e oferece terreno ideal para o horror psicológico e sobrenatural característico da franquia.
Desta vez, a narrativa se concentra mais em Gwen (Madeleine McGraw), irmã do protagonista, que começa a receber ligações e mensagens perturbadoras em seus sonhos. A jovem assume papel central, guiando a investigação e dando à trama uma perspectiva mais emocional e madura. Derrickson aproveita essa mudança para explorar o amadurecimento dos adolescentes e o peso da memória traumática, mantendo o equilíbrio entre sustos e sensibilidade.
Visualmente mais sombrio e narrativamente mais direto, O Telefone Preto 2 é descrito pelo diretor como “mais violento, mais assustador e mais gráfico” — e cumpre a promessa. Mesmo revisitando personagens familiares, o filme encontra fôlego ao mudar de cenário e dinâmica, fortalecendo a ideia de que o horror também é sobre crescer.
No fim, a franquia se consolida como uma das mais consistentes do terror moderno, e Gwen assume o protagonismo que o silêncio do telefone pedia.

