Homem de Ferro, a então ousada aposta do (na época) recém-fundado Marvel Studios, estreava em 2008. Entretanto, a Casa das Ideias não esperou o lançamento do filme para mostrar Tony Stark numa mídia fora dos quadrinhos. Em 2007, a empresa lançou direto em DVD o filme animado O Invencível Homem de Ferro, repetindo a parceria de sucesso com a Lionsgate em Os Supremos 1 e 2.
Na história, Tony Stark (Marc Worden, de Batman: Os Bravos e Destemidos) é um gênio da tecnologia arrogante e cheio de si que acaba sequestrado na China ao lado de seu amigo, James Rodes (Rodney Saulsberry, de Minoriteam). Para fugirem, Stark usa seu intelecto para criar duas armaduras, mas acaba deixando resquícios de suas criações para trás, que acabam mescladas aos conhecimentos em magia antiga do Mandarim (Fred Tatasciore, de Uma Família da Pesada), que cria um exército de guerreiros.
Com algumas viradas de roteiro, a animação do Homem de Ferro aposta no clássico, utilizando seu vilão mais conhecido pelos fãs como antagonista. No entanto, a duração de 1h23 do longa parece pouco para trabalhar essa oposição entre o místico e o tecnológico. Ou mesmo para aprofundar em detalhes a mudança de consciência de Tony Stark – afinal, ainda é preciso sobrar espaço para a ação e variações da famosa armadura vermelha e dourada.
Igual ao filme, só que não
Com um ano de diferença entre a animação e o live-action, ambos os títulos têm como semelhança só os personagens principais. Motivações, dinâmica e até mesmo a figura do Mandarim possuem representações distintas em cada mídia, sendo que no filme ele aparece de forma mais implícita, na organização terrorista Os Dez Anéis.
Aliás, o desenho mostra o quanto teria sido complicado mexer com misticismo na obra estrelada por Robert Downey Jr. E, estivesse a Marvel com o Mandarim de Homem de Ferro 3 (2013) já esquematizado (ou não), o desenho foi um ótimo jeito de provar o que funcionaria ou não.
Contudo, O Invencível Homem de Ferro não deixa de ser um bom entretenimento para os fãs do personagem, uma vez que é sempre divertido ver um super-herói que seguimos nos gibis “ganhar vida” fora das páginas. Ainda mais esse, cuja última encarnação em tela foi nos anos 1990, na série que passava no canal a cabo Fox Kids.
