Lupin: Parte 2 muda tom para duelo de Assane e Pellegrini

Carlos Bazela
Lupin: Parte 2 muda tom para duelo de Assane e Pellegrini

Com o climático gancho deixado pela parte 1 (leia aqui nossa crítica), o segundo capítulo de Lupin – que chegou neste mês ao catálogo da Netflix não teria outra forma de começar do que imediatamente no local onde termina a primeira.

Com Assane (Omar Sy, de Intocáveis) e Claire (Ludvine Sagnier, de 8 Mulheres) procurando o filho Raoul (o estreante Etan Simon) nas Falésias de Etretat, o relacionamento do ex-casal, que se encaminhava para uma reaproximação, acaba naufragando de vez. O desaparecimento do garoto, sequestrado por Léonard (Adama Nieane, de Estranhos em Casa) a mando de Pellegrini (Hervé Pierre, de Paris, Te Amo), coloca a encarnação moderna de Arsène Lupin contra a parede e ele se vê obrigado a aceitar ajuda de Youssef Guedira (Soufiane Guerrab, de Pacientes) – que seguia a família no passeio.

O ritmo frenético dos 2 primeiros episódios, dos 5 que compõem a segunda parte, dão o tom da nova leva e chegam até a pesar um pouco mais a mão do que estávamos acostumados. E isso mostra que agora o duelo contra Pellegrini chegou a um estágio no qual pode ser somente vida ou morte para um dos dois.

Contudo, os jogos mentais entre ambos continuam. E, se o vilão tem o dinheiro, a polícia e até políticos do alto escalão francês ao seu dispor, Lupin tem sua criatividade, recursos e um talento nato para manipular as situações de acordo com a sua vontade, se adaptando sempre que necessário. Aliás, as reviravoltas são tantas nessa nova temporada que chegamos a duvidar das habilidades do protagonista em não envolver os mais próximos em situações de risco.

Tema racial ainda em alta

Mesmo sem o impacto inicial da parte 1, as discussões sobre racismo continuam nessa segunda temporada e estão ainda mais escancaradas. Seja em um flashback da adolescência, no qual o protagonista passa por uma situação com Claire em uma loja de violinos ou na vida adulta, na qual ele continua se aproveitando da invisibilidade social de um homem negro na França para passar incógnito, criando os disfarces perfeitos.

Além disso, a conclusão desse primeiro arco de Lupin mostra o quanto os poderosos aproveitam seus status para oprimir quem desejarem, usando as pessoas como piões de xadrez para conseguir ainda mais poder e dinheiro. Mas, o seriado aponta também que, com muita inteligência e planejamento, um homem pode fazer a diferença. Sendo ele um famoso ladrão de casaca ou não.

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