Loki (2004) explora propósito e dilemas do Deus da Trapaça

Loki (2004) explora propósito e dilemas do Deus da Trapaça

Mais querido do que nunca, Loki, o Deus da Trapaça é a estrela da nova série em live-action (leia nossas primeiras impressões) da Marvel Studios no Disney+. Logo em sua estreia, a produção surpreendeu por fazer com que personagem refletisse sobre seus reais objetivos e os resultados de suas ações no Universo Cinematográfico Marvel. Se você gostou desse viés, nossa indicação é a minissérie Loki, de 2004, lançada aqui em volume único em capa dura.

Publicada pela Panini Comics no Brasil em 2012 e novamente em 2019, a obra original do início dos anos 2000 apresenta uma premissa para lá de interessante: Loki ganhou. Sim, Thor, Odin e todos os seus opositores em Asgard foram derrotados, restando ao Deus da Trapaça ocupar o trono da cidade dourada dos deuses. Mas, como o cachorro que persegue a moto, Loki não parece ter a mínima ideia do que fazer agora que sua busca teve sucesso.

Além disso, o que mais chama a atenção para a história em quadrinhos é a arte de Esad Ribic, cujo estilo de pinturas adiciona beleza e realismo que acabam combinando bem com a trama. No roteiro, ao mesmo tempo em que faz uso competente da mitologia construída pela Marvel, Robert Rodi ainda consegue tirar suas peças do lugar-comum.

Complicado e perfeitinho

Em apenas 96 páginas, o leitor acompanha Loki pelos aposentos da realeza, onde reflete sobre o final dos confrontos com seu irmão adotivo, Thor. Seus aliados no golpe pelo trono pedem a cabeça do Deus do Trovão, dando como certa a execução. Porém, a mente de Loki não segue caminhos óbvios, o que o faz questionar o que lhe restaria após a morte de seu arqui-inimigo. Quem seria Loki sem Thor? E quem teria se tornado Thor sem Loki? Eis as questões.

Para quem está vidrado no seriado com Tom Hiddleston, esse gibi de Loki ganha mais peso por vislumbrar conceitos como o propósito não tão glorioso do vilão em diversas linhas espalhadas pelo multiverso. Figuras como Hela, a Deusa da Morte, Lady Sif e Balder também têm participações especiais na narrativa, fazendo da minissérie uma boa opção para o público ampliar seus conhecimentos sobre o núcleo asgardiano da Marvel.

Essa HQ foi adaptada para Thor e Loki: Irmãos de Sangue. Conheça!

Next Post

Um Lugar Silencioso: Parte II é uma sequência arrebatadora

Logo em seu lançamento em 2018, Um Lugar Silencioso (relembre aqui) surpreendeu a todos com um drama familiar pós-apocalíptico extremamente original. Naturalmente, o título ganhou sequência, que foi adiada algumas vezes devido à pandemia, mas que finalmente chega aos cinemas brasileiros no dia 15 de julho. Um Lugar Silencioso: Parte […]
Um Lugar Silencioso: Parte II é uma sequência arrebatadora