Seguindo à risca o que foi feito nos quadrinhos, após Ponto de Ignição, a Warner Bros. tratou de lançar Liga da Justiça: Guerra, que adapta em animação o reboot do time, que nas HQs foi escrito por Geoff Johns e desenhado por Jim Lee.
Na formação, temos os medalhões, vividos por um elenco de vozes de renome, com Jason O’Mara (Marvel’s Agents of S.H.I.E.L.D.) como Batman, Michele Monagham (Pixels) como Mulher-Maravilha, Alan Tudyk (Rogue One: Uma História Star Wars) como Superman, Christopher Gorham (The Magicians) como Flash, Justin Kirk (Weeds) como Lanterna Verde, Shemar Moore (Criminal Minds) como Cyborg, e Sean Astin (O Senhor dos Anéis) como Shazam.
Já a história traz é essencialmente a mesma do gibi: parademônios começam a aparecer mundo afora e os heróis, que até então só sabiam da existência uns dos outros, precisam trabalhar juntos para deter a invasão iminente de Darkseid (Steve Blum, de As Enroladas Aventuras da Rapunzel), o regente de Apokolips e seus planos de conquista. A fidelidade da animação chega ao ponto de reproduzir algumas das cenas desenhadas por Lee nos quadrinhos.
Um time nada unido
O primeiro longa animado da Liga usando a série Os Novos 52 como fonte traz alguns elementos que podem deixar os fãs do antigo desenho do grupo um pouco deslocados. Afinal, aqui não tem essa de “superamigos” e os conflitos entre eles são constantes. Mas nada a ponto de colocar vidas inocentes em risco ou desviá-los da ameaça real.
Com uma animação consistente, o título aborda ainda o surgimento do Cyborg ligado à tecnologia alienígena da Caixa Materna, e a carga dramática da animação fica por conta do relacionamento conturbado entre ele e seu pai, o cientista Silas Stone (Rocky Carrol, de NCIS: Investigações Criminais).
Em paralelo, temos Billy Batson (Zack Callison, de Os Goldbergs) tentando se acostumar a um novo lar adotivo quase ao mesmo tempo em que é escolhido como o campeão do mago Shazam. Entretanto, ver Liga da Justiça: Guerra hoje tira um pouco do seu impacto, ainda que seja uma animação com a qualidade costumeira. Afinal, muito do que é mostrado aqui serviu como fonte de inspiração também para os longas em live-action da Liga e Shazam.
Mas, vale como exercício de imaginação de como seria um filme da LJA, com contexto atual e conceito menos infantil. Se não precisasse levar em conta a continuidade estabelecida em Batman vs Superman: A Origem da Justiça, claro.