Homem-Aranha 60 anos: 6 momentos marcantes nas HQs

Carlos Bazela
Homem-Aranha 60 anos: 6 momentos marcantes nas HQs

Quando se chega aos 60 anos de história nos quadrinhos, como o Homem-Aranha neste mês de agosto, é comum que algumas histórias se tornem tão icônicas que acabam atraindo o interesse até de quem não é leitor de gibis. Principalmente se for por meio de adaptações, seja para o cinema ou para animações.

Agora, para quem não vive sem uma HQ na mão, essas narrativas consolidam a paixão pelo personagem e pela nona arte como um todo. Pensando nisso, e como parte do nosso especial de 60 anos do Aranha, reunimos algumas das tramas mais impactantes do Cabeça de Teia (de acordo com a nossa equipe). Veja!

O Casamento

Se tem uma coisa que sempre cativou os fãs do Homem-Aranha foi sua capacidade de ser humano como todos nós. Especialmente por suas histórias seguirem o curso natural da vida. Desta forma, indo na contramão do eterno namoro que os super-heróis costumam ter com seus interesses românticos, Peter Parker e Mary Jane Watson se casaram.

O enlace, publicado no Brasil primeira vez pela Editora Abril, na edição número 100 de Homem-Aranha. Com isso, o herói passou a se identificar com uma fatia mais adulto de seu público. De adolescente nerd combatendo o crime e vendendo fotos de seu alter ego ao Clarim Diário, Parker se tornou um homem casado, preocupado com as finanças de casa e deixando uma esposa preocupada a cada vez que saía com seu uniforme.

Até a Marvel Comics mudar o status dos dois, mas isso é outra história.

Homem-Aranha Superior

Atraído em uma armadilha pelo Dr. Octopus, Peter se vê frente ao maior pesadelo de sua vida: aprisionado em sua própria mente, enquanto Otto Octavius toma conta de seu corpo e assume sua identidade. De quebra, o vilão, com acesso às memórias do Aranha, dedica seu intelecto a consertar o que ele considera de falhas na trajetória do rapaz.

Publicada aqui pela Panini mensalmente entre 2013 e 2015 e, depois, em 6 volumes encadernados, de 2016 a 2018, a saga traz um intrincado jogo psicológico com o Aracnídeo tentando assumir novamente o poder por suas decisões, enquanto foge de ser “deletado” permanentemente por Octavius. Isso enquanto ele – separado de Mary Jane – está em sua cruzada para se tornar um “Homem-Aranha Superior”. Nem que, para tal, precise deixar os escrúpulos de lado.

Guerras Secretas

As Guerras Secretas marcaram a vida do Aranha não só por mostrar o herói em parceria com outros da Casa das Ideias para impedir que vilões dominassem o planeta Beyonder, como deu início a um dos maiores acontecimentos da sua trajetória: a saga do uniforme, que divide fãs desde o fim dos anos 1980. Nela, o herói usou uma máquina alienígena para fazer um novo uniforme que, mais tarde, se revelou um organismo simbionte.

Unido a Eddie Brock, jornalista com ódio de Parker, a roupa se transformou em Venom e, desde então faz aparições no Universo Marvel, ora como vilão, ora como anti-herói, ganhando até dois filmes solo pela Sony Pictures. As Guerras Secretas originais foram republicadas em volume encadernado em 2016 pela Panini.

A Morte de Gwen Stacy

Se o casamento com MJ foi uma das mostras de que Peter Parker tem o direito de ser feliz é porque ele já havia passado por tragédias demais na vida. Não bastasse a morte de seu Tio Ben, pela qual ele nunca deixou de se culpar, o assassinato de Gwen Stacy, sua primeira namorada, pelo Duende Verde foi outro baque que assombra o Escalador de Paredes até hoje.

No Brasil, a história foi publicada pela primeira vez na edição 55 da revista Homem-Aranha, ainda na editora Ebal, a primeira “casa” do super-herói no país, em outubro de 1973.

Guerra Civil

Seguindo com os altos e baixos na vida de “Pedro Prado” – se você pegou a referência, é bom ver essa dor nas costas aí, porque a idade chegou -, temos a saga que colocou o Homem de Ferro e o Capitão América em rota de colisão (como no filme de 2016) e teve participação crucial do Homem-Aranha.

No gibi, Peter e MJ estão morando na Torre Stark, com Tony “apadrinhando” o Aranha. Desse patrocínio vem o uniforme “Aranha de Ferro” (em vermelho e dourado) e para apoiar seu mentor – que é favor de uma lei de registro de super-humanos –, o rapaz toma a mais ousada decisão de sua vida: revelar ao mundo que é o Homem-Aranha desde os 15 anos de idade. Saiu aqui pela Panini na revista mensal do herói, em agosto de 2007.

A Saga do Clone

Na década de 1970, após a morte de Gwen Stacy, novos vilões apareceram para atormentar o herói e um deles foi o Chacal. Alter ego de Miles Warren, o Chacal foi professor de ciências de Peter e Gwen na faculdade e era apaixonado pela moça. Depois de jogar o Justiceiro – em sua primeira aparição nos quadrinhos – contra o Cabeça de Teia, o antagonista criou um clone para caçar e substituir o Homem-Aranha.

Ao fim do confronto, com Peter saindo vencedor, o clone foi tido como morto, mas retornaria 20 anos mais tarde, com o nome de Ben Reilly no desdobramento que ficou conhecido como Saga do Clone e agitou os gibis. No Brasil, tudo teve início em Homem-Aranha 29, da editora RGE.

E aí, curtiu a lista? Ficou faltando alguma história? Sobrou alguma, na sua opinião? Conta pra gente nos comentários.

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