Godzilla: Ponto Singular reinventa universo do Kaiju

Carlos Bazela
Godzilla: Ponto Singular reinventa universo do Kaiju

Desde que foi anunciado, muita expectativa se criou em volta do anime Godzilla: Ponto Singular, cujos 13 episódios da 1ª temporada estão disponíveis na Netflix. Depois da trilogia de OVAs marcados por não agradar muito aos fãs do lagarto gigante, pela história confusa e pelo visual 3D já cansado feito pelo estúdio Polygon, coube à nova produção redimir o personagem no streaming.

Na trama, a estudante de biologia Mei Kamino e o engenheiro Yun Arikawa acabam trabalhando juntos para desvendar uma misteriosa música que transcende o tempo. A melodia parece ser a chave para impedir que o mundo acabe, vítima de um cataclismo causado por gigantescas criaturas, que emergem do oceano em meio a uma poeira vermelha.

Ao perceberem que a humanidade corre perigo, os dois iniciam uma corrida contra o tempo ao lado de diversos cientistas para desvendar o segredo da canção, que pode esconder até uma forma de viajar no tempo e a criação de um novo tipo de material. Mas, os monstros já estão invadindo o mundo e o maior – e pior deles – aparenta ser um desafio impossível de se superar usando forças convencionais: o Godzilla.

Tudo novo

Embora traga alguns monstros conhecidos do universo do kaiju mais famoso do mundo, como o pterodátilo Rodan, o “dinossauro” Anguirus, a serpente marinha Manda, tudo é novo em Ponto Singular. A começar pelo próprio Godzilla, cujo visual foi totalmente repaginado, trazendo de volta a atmosfera assustadora usada no filme de 2016.

Aliás, um dos maiores mistérios da trama é justamente a aparição completa do monstro, que demora a acontecer. Aliás, esse suspense e a mudança de tom em relação a outras produções – como o blockbuster Godzilla vs Kong –, que trazem os bichos gigantes brigando com os humanos no fogo cruzado, pode afastar os fãs mais antigos do lagartão.

No entanto, o carisma de Yun, Mei e outros personagens do elenco, como Haberu Kato, o Sr. Otaki e a inteligência artificial Pelops II, bem como a parte científica envolvendo a parte da música, mantém o espectador interessado. Aliás, o tema de abertura “In Case”, interpretada pelo grupo idol japonês BiSH é tão bom que é praticamente impossível pular a sequência.

Outro ponto alto é o grande projeto de vida do Sr. O, o robô Jet Jaguar (mais um personagem clássico dos filmes de Godzilla) que vai ganhado importância na história.

É bom, então?

Assim, mesmo totalmente diferente do que se espera de uma atração envolvendo o kaiju, Godzilla: Ponto Singular traz as referências da franquia em uma produção competente, com animação de excelente qualidade e enredo interessante. E que promete melhorar ainda mais em uma eventual próxima temporada, dado o gancho deixado pela cena pós-créditos do último episódio.

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