Após quatro filmes e uma série já lançados, o MonsterVerse está consolidado no live-action e pronto para sua expansão. Como vimos em seus últimos títulos, isso significa uma abordagem mais profunda sobre tudo que envolve a Terra Oca, lar dos monstros gigantes. Com Godzilla e Kong: O Novo Império, a Warner Bros. Pictures e Legendary Entertainment se juntam para entregar uma viagem ao reino selvagem em que a pancadaria entre (novos e conhecidos) Titãs precisa comer solta.
A história, claro, se passa após os eventos de Godzilla vs. Kong (2021), quando os grandalhões precisam superar suas diferenças para encarar a ameaça do Mechagodzilla. Deste modo, em um relativo período de paz, Godzilla permanece na superfície como defensor da humanidade contra Kaijus, enquanto Kong explora sua nova vida na Terra Oca.
Ou seja, na prática, o gorilão assume o protagonismo e conduz o roteiro de Terry Rossio (do longa citado acima), Simon Barrett (O Hóspede) e Jeremy Slater (Cavaleiro da Lua). Assim, a pesquisadora Ilene Andrews (Rebecca Hall), o podcaster Bernie Hayes (Brian Tyree Henry) e Caçador (Dan Stevens) acabam atuando como narradores do enredo, como figuras secundárias.
Gigante emotivo
Sem mais residir na Ilha da Caveira, Kong sente falta de seu habitat natural e vasculha a Terra Oca em busca de algo próximo de um similar seu. Logo nos primeiros minutos da 1h55 de duração do filme, Kong demonstra tristeza e solidão em expressões faciais e corporais. O que é mais do que o esperado para uma fera conhecida por derrubar aviões e prédios.
Legítimo vilão
Mas vamos ao que interessa: as novidades. Então, entra em cena o Skar King, o Titã símio de coloração avermelhada que rege os de sua espécie com punhos de ferro numa área subterrânea da Terra Oca.
Para King Kong, ver os seus sob uma liderança abusiva é a gota d’água. Para Skar King, o surgimento do protagonista significa a chance de chegar à superfície da Terra para estender seus domínios.
Entrega o que promete
O confronto é armada de forma simples e objetiva. Com isso, o diretor Adam Wingard (Kong vs. Godzilla) não perde muito tempo com as tramas humanas e intervenções da Monarch.
Isto é algo ótimo para a proposta do longa, que é entreter adultos e crianças. Neste aspecto, os efeitos visuais dão conta do recado nas encarnações dos monstros e devastações que causam – em especial, no Rio de Janeiro. Como destaque, a introdução do dragão de gelo Shimo adiciona frescor (com o perdão do trocadilho) e fascínio por sua beleza. É um ser que contrasta com a estética grotesca dos demais, assim como Mothra.
Por fim, Godzilla e Kong: O Novo Império indica que há ainda muito a se ver sobre esse universo de monstros, sempre diante de uma tela grande e com pipoca e refrigerante do lado.